São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997
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Esclarecimento; Demagogia política; Interpretação correta; Sorteios na TV; Edição nº 25 mil; Piada

Esclarecimento
"Com relação à reportagem 'Guerra fiscal custa R$ 9 bilhões' (14/9), gostaríamos de fazer alguns esclarecimentos.
1) Não é correta a informação divulgada na primeira página de que 'dos 250 milhões previstos, apenas US$ 20 milhões foram investidos' pela Volkswagen na fábrica de caminhões e ônibus de Resende, no Rio de Janeiro.
Na verdade, do investimento previsto, da ordem de US$ 250 milhões, mais de US$ 100 milhões já foram utilizados somente em prédios, fora o dispendido em infra-estrutura, aquisição de máquinas para produção, equipamentos de pintura e demais obras civis.
O número citado pela Folha (US$ 20 milhões) é apenas o que a Volkswagen do Brasil gastou em serviços no sul fluminense entre janeiro e agosto de 1997.
2) Também não procede a informação de que 'só 600 empregos foram criados na fábrica da Volkswagen'. O número total de empregados na fábrica é de 900 pessoas: 550 nas empresas parceiras, 200 na Volkswagen e 150 que prestam serviços terceirizados (como segurança patrimonial, do trabalho, alimentação e logística).
As obras em andamento no entorno do prédio de manufatura empregam outras 300 pessoas."
Fran Augusti, gerência de imprensa da Volkswagen (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Célia de Gouvêa Franco - O cálculo de que a Volkswagen investiu cerca de US$ 20 milhões em Resende foi feito pelo diretor da fábrica, Roberto Barretti, que especificou que os gastos foram com hotéis, restaurantes, compras de material na região etc. e que a maior parte dos investimentos previstos de US$ 250 milhões foi empregada em despesas com máquinas e equipamentos importados, encomenda de parte da estrutura metálica no México etc. Ele também forneceu os números sobre empregos na fábrica.

Demagogia política
"O drama humano e social da desempregada Jucélia de Oliveira Santos, presa ao furtar um remédio para sua filha, é doloroso demais e deve ser um alerta à sociedade, mas não pode ser objeto de demagogia política, como faz a colunista da Folha Marilene Felinto (9/9), sempre disposta a atacar o ex-prefeito Paulo Maluf e seu sucessor, Celso Pitta.
A referência injuriosa ao PAS feita pela articulista não tem o menor cabimento, ainda que fosse verdade que a moça não tenha encontrado o remédio nos postos de atendimento.
Existem simplesmente milhares de remédios diferentes e um ou outro pode faltar no PAS, o que representa rigorosamente a exceção e não a regra de um programa que se diferencia não apenas por contar com 90% de aprovação de seus usuários, mas sim por significar o caminho e a esperança de que dramas como o de Jucélia possam ter solução num país que nunca deu prioridade à saúde."
Masato Yokota, secretário municipal da Saúde (São Paulo, SP)

Interpretação correta
"Cumprimento o deputado Hélio Bicudo pela correta interpretação da Constituição Federal no que diz respeito ao 'direito à vida', hoje princípio fundamental hospedado pelo artigo 5º da lei suprema.
Celso Bastos e eu, ao comentarmos a Lei Maior, em 15 volumes, mostramos que, ao contrário da E.C. nº 1/69, que apenas protegia 'direitos concernentes à vida', e não a própria vida, o texto atual, sem qualquer exceção, garante integralmente o 'direito à vida', razão pela qual não foi recepcionado o denominado 'aborto legal'.
O que era 'legal' no passado é 'inconstitucional' no presente. Qualquer forma de aborto atinge a vida, direito plenamente garantido na Constituição, sendo, pois, maculadora da ordem jurídica."
Ives Gandra da Silva Martins, professor emérito da Universidade Mackenzie (São Paulo, SP)

Sorteios na TV
"Como presidente da Sociedade Pestalozzi de Campinas, quero agradecer à Folha, particularmente a Elvira Lobato, pela coragem de denunciar o esquema de sorteios na TV.
O governo federal, que, agora, quer mudar a portaria 413, de maio/97, é quem mais lucra com a história. Entre impostos e arrecadação de suas empresas, fica com 44%!
Ministro Iris Rezende, o governo está mesmo interessado em resolver? Mostre, suspendendo imediatamente os sorteios até regulamentação mais adequada."
Creusa Roberto Medeiros, presidente da Sociedade Pestalozzi de Campinas (Campinas, SP)

Edição nº 25 mil
"Vinte e cinco mil edições, multiplicadas pelas informações e opiniões nelas veiculadas por tantos e tão talentosos jornalistas, constituem um precioso acervo que, certamente, bem documenta a história do país e do mundo nesse período.
Parabéns por esse grande marco na história da Folha."
Rodolpho Valentini, diretor de Relações de Imprensa da Burson-Marsteller (São Paulo, SP)
*
"Parabéns a todos os artigos imaginários para o número 50.000 da Folha, especialmente a Clóvis Rossi e Marcelo Coelho, que se superaram em criatividade e humor.
Mesmo assim, a perspectiva de todos os articulistas é de um mundo bem pior... Espero que nenhum deles seja vidente!"
Audrey Castañon de Mattos (Indaiatuba, SP)

Piada
"Pedro Malan, ao dizer que ele e Fernando Henrique Cardoso são de centro-esquerda, merece o título de melhor piadista do ano."
José Maria Pacheco de Souza (São Paulo, SP)

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