São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 1997
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Ações da Vale vão ser pulverizadas

FGTS pode ser usado para comprar papéis

FRANCISCO CÂMPERA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CND (Conselho Nacional de Desestatização) definiu ontem regras para vender as ações que ainda possui da Companhia Vale do Rio Doce, com valor estimado em aproximadamente R$ 2 bilhões.
O equivalente a 30% do capital votante ou 20% do total das ações da empresa, privatizada em maio, será oferecido simultaneamente nos mercados nacional e internacional.
O ministro do Planejamento, Antonio Kandir, disse que o objetivo do governo é fazer uma venda pulverizada da maior parte das ações. "Queremos que a população participe do processo. Vamos vender a varejo", afirmou o ministro.
Segundo Pio Borges, vice-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), a pulverização atinge cerca de 30% dos negócios do mercado internacional.
Ele diz que a venda a "varejo" faz parte do desenvolvimento das Bolsas.
Os trabalhadores poderão usar até 50% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para participar da compra de ações, por meio de fundos de investimento a serem oferecidos pelos bancos.
Quem optar por essa modalidade terá acesso às ações com descontos de 4% a 10%. A aplicação mínima será de R$ 300, e a máxima, de R$ 30 mil.
Outra opção é a compra direta dos bancos. Nesse caso, a aplicação mínima será de R$ 10 mil, e a máxima, ilimitada.
O Bradesco irá coordenar a operação nacional, com participação de todos os grandes bancos.
As ações vão ser oferecidas nas Bolsas dos EUA, Europa e Ásia. A coordenação internacional ficará a cargo dos bancos Merrill Lynch e Rotschild. O prazo para venda das ações deve ser definido até novembro.

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