São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 1997
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Sérgio Motta diz em carta que foi 'cortês' com parlamentares

Senadores afirmam ter sido desrespeitados pelo ministro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, afirmou, em carta ao Senado Federal, que os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB) foram injustos com ele.
Motta chamou de "cafajestes" os manifestantes dos Correios que cercaram sua casa.
Anteontem, Suplicy e Cunha Lima acusaram o ministro de desrespeitar o Senado. Segundo os senadores, Motta fechou a porta do elevador do ministério na cara deles. Os dois foram até lá para discutir a greve nos Correios.
O ministro enviou a carta, depois que o presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), conversou sobre o assunto com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na carta, lida ontem no plenário do Senado, Motta disse que não recebeu os senadores, mas os cumprimentou e foi "cortês".
"Ele (Motta) não nos cumprimentou", disse Cunha Lima. "Me lembrou o comportamento de ministros do regime militar", afirmou Suplicy.
Negociações
"A greve deve ser assumida por suas lideranças", afirmou o ministro das Comunicações.
Na carta ao Senado, Motta pediu para fazer um "desabafo". Ele disse que sua casa em São Paulo está cercada por um "grupelho".
"Essas lideranças antidemocráticas, autoritárias e ilegítimas não representam o trabalhador brasileiro. Eles armaram barracas, tinham um carro de som e fizeram ameaças a minha família e aos moradores", afirmou.
Piada
Depois da leitura da carta, o presidente do Senado deu o assunto por encerrado. ACM chegou a fazer uma piada sobre o caso.
"O ministro não bateu a porta do elevador, porque esse trabalho é do ascensorista", afirmou o senador, provocando risadas no plenário do Senado.
O senador Eduardo Suplicy respondeu em seguida. "O elevador é automático, e ele (Motta) apertou o botão", afirmou.

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