São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 1997
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Promessas são as mesmas de antecessores

EDSON MONTEIRO; OTÁVIO CABRAL
DA FT E DA REPORTAGEM LOCAL

As promessas feitas ontem pelo coronel Carlos Alberto de Camargo foram iguais às de seus três últimos antecessores.
Como antigos comandantes-gerais da corporação, ele disse que vai colocar todo o efetivo nas ruas, investir na polícia de quarteirão, defender os direitos humanos e promover a reciclagem do efetivo.
Quando assumiu, em janeiro de 1995, o coronel Claudionor Lisboa prometeu mais 3.000 homens nas ruas, além de defender o respeito à dignidade da população.
No entanto foi na gestão Lisboa que São Paulo viu os massacres da favela Naval e da Fazenda da Juta.
O antecessor de Lisboa, coronel José Francisco Profício, assumiu o cargo em 26 de janeiro de 1994. "Nosso objetivo é uma polícia cidadã", afirmou na posse.
Ao assumir em outubro de 1992, o coronel João Sidney de Almeida, também defendeu policiamento ostensivo e direitos humanos.
A mesma fala fez o coronel Eduardo Assumpção em 19 de março de 1991, ao assumir o comando da PM. E foi sob sua gestão que ocorreu o massacre do Carandiru, quando a PM invadiu o pavilhão 9 da Casa de Detenção, matando 111 presos.
Ontem, Camargo disse que outra de suas prioridades é implantar o "policiamento comunitário".
Cada dupla de policiais, nesse caso, seria responsável pelo policiamento de uma certa e pequena área, integrada à comunidade.
"O policial precisa ter uma relação de confiança e respeito com a população da área onde trabalha", afirmou ele.
(EDSON MONTEIRO e OC)

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