São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 1997
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HC ajudará a analisar casos de sarampo

MALU GASPAR
DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital das Clínicas analisará amostras de sangue de pessoas com suspeita de sarampo a fim de eliminar o atraso na contagem de contaminados. "Espero que em dez dias a tarefa esteja cumprida", disse o secretário estadual da Saúde, José da Silva Guedes.
Até agora, as análises eram feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, que tem estocadas 16 mil amostras.
Conforme a Folha noticiou ontem, o atraso na confirmação dos resultados provoca uma defasagem entre o número real de casos e o divulgado oficialmente.
O número de casos pode chegar a 14 mil. Até agora, o Adolfo Lutz confirmou sarampo em 6.173 amostras de sangue. Os dados oficiais da Secretaria da Saúde apontam 4.064 casos da doença.
O secretário da Saúde admitiu que deve haver mais casos de sarampo além dos confirmados em laboratório, mas disse que a população não deve ficar alarmada.
Segundo ele, os funcionários do sistema de informação da secretaria e do Adolfo Lutz trabalharão no fim-de-semana para agilizar o registro dos resultados. Estão paradas no Instituto Adolfo Lutz quase todas as amostras de agosto -cerca de 12 mil- e 4 mil de setembro.
Se a eficiência for comprovada, eles devem começar a ser usados na terça-feira. Segundo Marques, concluído o trabalho do HC, os resultados das análises devem começar a sair "quase em tempo real".
Vigilância
O diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), Cássio de Moraes, admitiu que a ida dos técnicos aos locais onde estão os grupos com risco de pegar a doença está atrasada.
Segundo ele, a secretaria está contratando prestadores de serviço em regime de urgência para auxiliar na chamada vacinação de bloqueio, quando são imunizadas pessoas de região ou empresas em que há incidência de sarampo.
Campanha interna
O Instituto Mackenzie iniciou ontem campanha interna de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola com preço subsidiado.
A vacina está sendo oferecida por R$ 13 -em clínicas particulares, o preço vai de R$ 25 a R$ 35. Para realizar a campanha, o Mackenzie fez um convênio com a clínica Vacinar, especializada em imunização.
Segundo Dora Brandão, uma das sócias da clínica, cerca de 250 pessoas já haviam sido vacinadas até as 17h de ontem. Cerca de 20 mil alunos, professores e funcionários que circulam pelo local.

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