São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 1997
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Correios demitem mais cinco grevistas

DA REPORTAGEM LOCAL

Funcionários dos Correios decidiram em assembléia ontem continuar a greve, que já dura 13 dias úteis.
Segundo a assessoria de imprensa da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), mais cinco funcionários foram demitidos no Estado de São Paulo ontem, atingindo um total de 41 demissões.
Em todo o país, o número de funcionários demitidos até agora é de 158. A federação dos sindicatos de funcionários da ECT afirmou que vai recorrer das demissões.
Segundo a empresa, as demissões foram causadas por "excessos" praticados por funcionários.
A empresa informa que os excessos estão documentados em boletins de ocorrência, registrados em delegacias.
A maior parte das demissões aconteceu em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, onde já foram demitidos, respectivamente, 41, 48 e 23 funcionários.
No Estado de São Paulo, o maior número de demissões seria em Campinas onde, segundo a ECT, foram registrados pelo menos oito boletins de ocorrência sobre agressões em piquetes e depredações em agências.
Segundo a federação, a adesão à greve é de 70% em seis Estados e no Distrito Federal. Já a ECT afirma que a adesão é de cerca de 8% dos 79 mil funcionários.
Os funcionários pedem 26,3% de reajuste salarial. A ECT oferece 5% de aumento para 85% dos funcionários mais abono de R$ 200 para toda a categoria.
Segundo a ECT, a greve atinge, principalmente, os setores de triagem e distribuição de correspondências.
Cerca de 50 funcionários da ECT fizeram uma passeata ontem à tarde pela avenida Ibirapuera (zona sudoeste de SP). Segundo o sindicato, o objetivo era esclarecer a população a respeito da greve e do atraso na entrega de correspondências.
Contratações
No Estado de São Paulo os Correios contrataram, desde o início da greve, 820 funcionários, em caráter temporário, para suprir o déficit de pessoal causado pela greve.
Outros 920 trabalhadores que já haviam feito concurso foram convocados para o trabalho.

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