São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 1997
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Teto salarial achata ganhos de pilotos

Hill deve assinar com a Jordan

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A ZELTWEG

Os chefes de equipe de F-1 conseguiram nesta semana estabelecer um teto salarial para a categoria, objetivo perseguido arduamente nos últimos anos.
Na próxima temporada, exceção feita a Michael Schumacher, nenhum piloto deverá ganhar mais do que US$ 6 milhões -e são poucos os que alcançarão essa cifra.
O mercado de pilotos para 98 deve se fechar hoje com o prometido anúncio da contratação de Damon Hill pela Jordan, não confirmado pelas partes, mas dado como certo nos bastidores do GP da Áustria, 14ª etapa do Mundial, que acontece neste domingo, em Zeltweg.
Hill, o mais rápido, ontem, nos treinos de familiarização do circuito, que volta após uma década ausente, foi quem mais perdeu com a mão fechada das equipes.
Na Bélgica, em agosto, negou publicamente uma vaga da McLaren. Anteontem, em Zeltweg, também de forma pública, acabou ele sendo o preterido: pela Arrows, seu atual time, e pela Prost.
Alain Prost, inclusive, emitiu comunicado oficial, com o pretexto de "evitar especulações", confirmando que não chegou a um acordo com o campeão mundial.
Tom Walkinshaw, por sua vez, anunciou o finlandês Mika Salo como companheiro de Pedro Paulo Diniz, mesmo sem ter ainda assinado com o piloto brasileiro, algo que deve ocorrer logo.
Nas entrelinhas, ficou claro que ninguém aceitou pagar os US$ 8 milhões exigidos por Hill. Nem a Jordan, única opção decente que restou ao inglês, 37 anos.
A safra de jovens talentos, como o italiano Giancarlo Fisichella e o austríaco Alexander Wurz, promete causar pelo menos uma aposentadoria, a de Gerhard Berger.
Jean Alesi escapou, admitindo um salário bem menor do que recebe na Benetton e tendo que atrair patrocínio para a Sauber.

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