São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 1997
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Julgamento de Rainha; Retificação; Postura passional; Debate político; Movimento organizado; Revolta; Erundina; Cartão vermelho

Julgamento de Rainha
"Os docentes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), bem como o conjunto da sociedade brasileira, esperam que o julgamento de José Rainha Jr. seja realizado de forma isenta e independente.
A realidade já demonstrou que não há condições de que isso ocorra em Pedro Canário. Nesse sentido, reivindicamos que o referido julgamento seja transferido para Vitória a fim de assegurar a prática da Justiça."
Lino Castellani Filho, presidente da Associação de Docentes da Unicamp -Adunicamp (Campinas, SP)
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"José Rainha está com tanto medo de ser julgado em Pedro Canário porque nas cidades pequenas a gente sabe: o nome do bêbado da esquina, do mau pagador, da moça de vida fácil, de quem trabalha e de quem presta ou não presta. Esse é o seu medo!"
Paulo Paulista Leite Silva (Jardinópolis, SP)

Retificação
"O serviço de redação da Assessoria de Comunicação Social do Ministério dos Transportes confundiu o nome da agência internacional que financiou o EIA-Rima da Hidrovia Paraguai-Paraná, citando o nome do Bird (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento -Banco Mundial) quando o correto seria BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
O erro ocorreu na transcrição do artigo do ministro Eliseu Padilha que a Folha publicou na edição de 14/9."
Paulo Félix, assessor de Comunicação Social do Ministério dos Transportes (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia seção "Erramos" abaixo.

Postura passional
"Fazemos coro com todo segmento da sociedade que venha a propor a melhoria da segurança pública. Todavia não se pode adotar uma postura parcial e passional, admitindo como verdadeiras as generalizações feitas ao projetar sobre toda a corporação os desatinos de qualquer ordem envolvendo policiais militares.
Da mesma forma não pretendemos reduzir os acontecimentos à desgastada 'ladainha' do fato isolado, para usar a mesma expressão do editorial da Folha 'Covas, PM e assassinatos' (11/9), numa tentativa de diminuir os efeitos prejudiciais à imagem da corporação.
Agora, afirmar que a Polícia Militar está sem controle, deteriorada e que a criminalidade grassa em nosso meio é, antes de uma aleivosia, uma total demonstração de falta de conhecimento da realidade.
Uma instituição de mais de 80 mil homens está exposta a falhas pela simples observação quantitativa, além do que não podemos ignorar que a realidade diária de um policial é extremamente desgastante.
Falar em fato isolado pode ter se tornado um lugar-comum, mas institucionalizar atitudes de pessoas que, ao arrepio de todas as normas e orientações, escandalizam a sociedade com seus desatinos, além de desinformar, só afasta a sociedade da busca equilibrada de soluções."
Paulo Regis Salgado, tenente-coronel PM chefe da 5ª Seção do Estado Maior da Polícia Militar, relações-públicas (São Paulo, SP)

Debate político
"'Ex-prefeito ataca governador' é o título da reportagem publicada em 18/9, que não reflete a realidade das palavras e dos atos de Paulo Maluf em suas viagens ao interior de São Paulo.
Ao criticar a abertura de novos pedágios em estradas do interior e o fechamento de agências bancárias em algumas cidades, Paulo Maluf, além de constatar as reivindicações da comunidade, está abrindo o debate político sobre temas administrativos de interesse da população do Estado, sem com isso 'atacar' ninguém.
Já é hora de diferenciar o debate democrático em torno de programas e métodos de governo dos 'ataques' pessoais. Paulo Maluf, embora muitas vezes alvo desses ataques, está determinado a apenas debater programas e soluções para os problemas do Estado e do país."
Adilson Laranjeira, assessor de imprensa do ex-prefeito Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Movimento organizado
"O mais organizado movimento popular, hoje, na periferia, é o movimento dos traficantes, que é capaz de conscientizar e envolver, além de adolescentes e jovens, até crianças, que matam e morrem pela causa.
Portanto, acredito eu, nas futuras eleições, campanhas vitoriosas somente com 'boas' alianças."
Luiz Carlos dos Santos, coordenador do Centro de Orientação e Educação à Juventude (São Paulo, SP)

Revolta
"Esta seção, 'Painel do Leitor', ao que nos parece tem seu intuito e finalidade prostituídos e desviados.
Nós, mero povinho que compra, assina e lê este jornal, temos nesta seção uma das raras oportunidades de manifestar nossa opinião, indignação ou revolta. Não raro e até como mencionado na própria coluna, nossas cartas poderão ser resumidas ou não publicadas, sujeitas ao bel prazer do editor.
Não seria revoltante se a mesma atitude fosse aplicada também aos representantes dos órgãos públicos, os quais têm suas cartas sempre publicadas na íntegra. Também não achamos correto quando esses mesmos elementos se utilizam desta seção para vomitar seu besteirol, claro, na íntegra!
Quando os parasitas se utilizam desta seção, imediatamente os atingidos fazem o mesmo e mais uma vez temos um romance publicado, defendendo o indefensável."
Gilson José Batista (São Paulo, SP)

Erundina
"Uns comemoram, outros ficam preocupados, como eu. Erundina perde, mas o PT perde mais com sua saída.
Não só por ela ser uma grande liderança, mas principalmente pelo fato de ela ter a cara de quando o partido foi criado e idealizado, por pessoas comprometidas e sérias."
Cidálio Vieira Santos (São Paulo, SP)

Cartão vermelho
"Cartão vermelho para os deputados e senadores, sempre pródigos em criar empregos para seus familiares, malbaratando o dinheiro suado dos impostos, enquanto o povo fica à espera de investimentos que criem empregos produtivos para o bem da nação.
Cartão branco para os brasileiros que, apesar dos desmandos governamentais, legislativos e judiciários, se empenham generosamente para que aconteça uma sociedade brasileira mais justa e pacífica."
Egydio Busanello (São Carlos, SP)

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