São Paulo, domingo, 21 de setembro de 1997
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Projeto cria hino dos depiladores

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Projetos de lei bizarros proliferam na Câmara Municipal de São Paulo. Mas a maioria das propostas é barrada nas comissões internas, como a de Constituição e Justiça, e nem chega à pauta de votação.
O vereador Wadih Mutran (PPB), por exemplo, pretendia disciplinar o uso de carroças puxadas por pessoas no centro de São Paulo em horários determinados: nos dias úteis (das 8h às 21h) e aos sábados (das 8h às 14h).
O mesmo vereador propôs a fixação de pontos de estacionamento exclusivo para ambulâncias nas principais vias da cidade.
Ainda no setor de transportes, Vicente Viscome (PPB) queria obrigar a instalação de braços nos bancos de ônibus, para maior conforto dos passageiros.
Além disso, para evitar qualquer visão desagradável, Viscome propôs a colocação de biombos onde ocorressem acidentes de trânsito.
José Ferreira do Nascimento (PPB), que adotou o apelido "Zé Índio", apresentou um pacotão de medidas populares.
Entre elas, quis incluir as calorias de cada prato nos cardápios de restaurantes, bares e lanchonetes da cidade e oficializou a marcha-hino dos cabeleireiros, manicuros, pedicuros e depiladores.
É de Zé Índio também o projeto de implantação das zonas especiais de livre frequência para, segundo ele, controlar, orientar e fiscalizar a prática de sexo seguro.
No setor de educação, o vereador Mário Dias (PPB) quis incluir no currículo das escolas municipais a matéria "estudos básicos sobre os idosos e o fenômeno do envelhecimento".

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