São Paulo, domingo, 21 de setembro de 1997 |
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Gastronomia dá outro título a SP
ROGERIO SCHLEGEL
O título foi oficializado pela Câmara da cidade, com o aval de representações de 43 países que têm restaurantes típicos na cidade e de entidades do setor de alimentos e turismo. A idéia é usá-lo para chamar visitantes, já que hoje o principal atrativo são os negócios. Não é preciso ir a Paris, a meca da gastronomia, para achar quem tenha engasgado com a iniciativa. "Do jeito que isso está sendo apresentado ao público, parece que houve uma eleição. Isso não é verdade", critica Laurent Suaudeau, da Abag (Associação Brasileira da Alta Gastronomia). A Abresi (Associação Brasileira das Entidades de Hospedagem Gastronomia e Turismo), principal articuladora do título, se baseou em números para propor que São Paulo virasse capital. Segundo a entidade, a cidade é a que tem mais restaurantes de nacionalidades diferentes e mais casas com nível para receber turistas. Seriam 3.500, das quais 1.200 mais preparadas, com cardápios bilingues, por exemplo. Nova York ficou com um honroso segundo lugar, segundo a Abresi. "Só que quantidade não é critério quando se fala em gastronomia", irrita-se Laurent, para quem é melhor gastar energia melhorando o setor do que criando títulos. Há também o problema de haver nove cidades como capital mundial: Paris, Roma, Tóquio, Madri, Lisboa, Buenos Aires e Cidade do México, além de Nova York e São Paulo. Londres, nem lembrada, deve ter morrido de inveja. (RSc) Texto Anterior: Vereador ataca o dicionário Próximo Texto: Happy Hour tem semana oficial Índice |
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