São Paulo, domingo, 21 de setembro de 1997
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Greenpeace ataca deputado

OTÁVIO DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Steinar Bastensen é o vilão da batalha de entidades ambientalistas contra o reinício da caça às baleias "mink" na costa da Noruega, em 93.
"Vocês permitiram que os Steinar Bastesens de seu país pintassem um retrato muito negativo da Noruega", afirmou o ambientalista Paul Watson, um dos fundadores do Greenpeace, em carta aberta à população do país, em 95. "A bandeira norueguesa está coberta de ignorância e manchada de sangue", continuou.
Em sua luta contra a caça às baleias, as entidades ambientalistas sublinham a diferença entre esses mamíferos aquáticos e os peixes.
A baleia tem apenas um filhote por vez e cuida dele durante um ano. Assim, reproduz a cada dois anos, em média. A reprodução lenta impediria a reposição do número de baleias mortas pelas mãos do homem.
A caça às baleias foi suspensa internacionalmente em 1986 por decisão dos países que integram a Comissão Internacional para a Caça de Baleias, entre eles o Brasil.
A comissão foi fundada em 1948 para regular a atividade. Pressionada, a Noruega aderiu ao acordo em 87.
Entre 87 e 90, o governo norueguês desenvolveu um programa com o objetivo de calcular o número de baleias "mink" existentes em suas águas. A conclusão foi de que a população seria de aproximadamente 87 mil.
Com base nesses números, contestados pela comissão internacional, o governo decidiu em 93 permitir novamente a caça, desde que fossem respeitados os limites fixados anualmente. Apesar dos protestos, a cota vem crescendo. Em 97, o limite foi de 580 baleias, 155 a mais do que em 96.
As baleias "mink", espécie caçada nas águas norueguesas, tem de oito a dez metros de comprimento e pesa de seis a nove toneladas. Vive nos oceanos Pacífico, Atlântico e em outros mares. Segundo a Comissão Internacional para a Caça de Baleias, ela não está ameaçada de extinção.
(OD)

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