São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 1997
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FHC elogia rigor contra álcool

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Durante a cerimônia em que sancionou o Código de Trânsito Brasileiro, FHC comparou as modificações e os efeitos do código ao Congresso constituinte de 1987 e 88: "um momento excepcional" e de "vulto".
Ele elogiou o rigor da proibição de motoristas dirigirem alcoolizados e afirmou que será possível reduzir a violência no trânsito.
Numa referência indireta à sua reeleição, FHC disse que será preciso mais tempo para que realizar tudo o que o código determina.
"Oxalá possamos continuar, pelo menos nos esforçando, para que aqueles que confiaram em nós e nos puseram nas posições que detemos hoje possam continuar confiando, porque sabem que nós estamos fazendo o que cada brasileiro deseja", disse.
Em outro ato assinado ontem, FHC reestruturou o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), dando a ele status de câmara ministerial.
Com esse decreto, ele repete uma experiência japonesa dos anos 70, que deu à questão do trânsito o mais alto tratamento governamental.
Segundo o presidente, 27 mil pessoas morreram no passado em consequência de acidentes de trânsito. Outras 300 mil ficaram feridas no trânsito.
FHC afirmou que a reeducação é a principal forma de combate à violência no trânsito. "Em 90% dos acidentes de trânsito, a causa é o fator humano."
Ele destacou a importância da obrigatoriedade do uso de cinto de segurança, as mudanças na concessão de carteiras de habilitação, a proibição para que crianças até 10 anos andem no banco da frente dos carros e os cuidados dos motoristas em relação aos pedestres.
Caravana
A sanção do código contou com cerca de 700 convidados -480 pessoas vieram de 40 cidades do interior de São Paulo.
Eles vieram em caravana patrocinada pelo relator do código na Câmara, deputado Ary Kara (PMDB-SP).
Kara pagou o frete de 12 ônibus e a visita pela cidade. Os convidados -entre eles muitos prefeitos, vereadores e suas famílias- afirmaram que valeu a pena o sacrifício de viajar 16 horas para passar apenas um dia em Brasília.
Muitos portavam máquinas fotográficas e filmadoras e insistiam para fazer fotografias com as autoridades.

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