São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 1997
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Coronel vetou torcida organizada em estádio

DA REPORTAGEM LOCAL

O novo comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto de Camargo, foi um dos mentores, em 95, do plano de ação que proibiu a presença de torcidas organizadas nos estádios de futebol de São Paulo.
Na época, ele era tenente-coronel e comandava o 2º Batalhão de Choque da PM, responsável pelo policiamento nos estádios.
Para conhecer melhor o comportamento das torcidas, Camargo foi enviado à Inglaterra, onde estudou a atuação da polícia local contra a violência dos hooligans.
A repressão contra as torcidas organizadas foi planejada em conjunto com o Ministério Público e a Federação Paulista de Futebol.
Tolerância zero
No ano passado, Camargo foi promovido a coronel e passou a chefiar o CPChoq (Comando de Policiamento de Choque).
A pedido do então subcomadante-geral da PM, coronel Carlos Alberto da Costa, Camargo desencadeou a Operação Centro, que acabou ficando conhecida como "tolerância zero".
A operação foi acompanhada pelo Ministério Público, pelo SOS Criança e por outras entidades e instituições.
Os PMs intensificaram o patrulhamento em cruzamentos na região central e nas zonas leste e sudoeste da cidade. A ação é muito parecida com a que a PM pretende realizar uma vez por semana na Grande São Paulo.
Serviço secreto
Casado e pai de três filhos, Camargo trabalhou por cerca de dez anos no chamado serviço secreto da PM. Em 71, um ano depois de sair da academia, ele passou a trabalhar na Agência Central do Serviço de Informações da PM.
Na agência, que hoje é a atual 2ª Seção do Estado-Maior (ou serviço reservado), Camargo desempenhou funções no setor responsável pelo acompanhamento de partidos políticos e de movimentos sociais durante o regime militar. Ele também foi professor da Academia Militar do Barro Branco.

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