São Paulo, sábado, 27 de setembro de 1997 |
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FHC nega 'caráter eleitoreiro' de programa WILLIAM FRANÇA WILLIAM FRANÇA; LUIS HENRIQUE AMARAL
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que está irritado com a interpretação de "caráter eleitoreiro" dada ao programa "Toda Criança na Escola", lançado anteontem por ele. Segundo o presidente, trata-se de "patriotismo". "Insistente e irritantemente querem transformar as coisas", disse FHC para uma platéia de prefeitos, deputados e senadores. "Você acha que educação é por campanha eleitoral ou por patriotismo?", questionou FHC a uma jornalista, logo depois. Segundo FHC, o governo já tirou 30 mil pessoas do trabalho "penoso" no sisal, canavial e carvoarias. "Isso é ser patriota, acreditar no Brasil melhorando a vida das pessoas", completou. FHC afirmou que o projeto de colocar todas as crianças na escola até o final do ano que vem "é um desafio", porque, se não for feito, todo o esforço conduzido por ele "vai se perder". "O Brasil vai realmente ser uma sociedade democrática, aberta, confiante e solidária quando (as pessoas) puderem discernir entre o que interessa ou não, (...) escolher, sem serem massa de manobra (...), terem informação e formação, para poder separar o joio do trigo", afirmou o presidente. Segundo FHC, é necessária uma aliança entre governo e sociedade para incluir os miseráveis num projeto de democracia e liberdade. "O futuro depende da inclusão daqueles milhões que não tiveram a oportunidade de sonhar." FHC esteve em Petrolina inaugurando um projeto de irrigação e lançando o programa de apoio e desenvolvimento da fruticultura irrigada do Nordeste, que pretende gerar 200 mil empregos numa primeira fase e, depois, 100 mil empregos por ano. O presidente disse que, apesar de ter concluído a usina de Xingó havia dois dias (com a inauguração da 6ª e última turbina), estava analisando o pedido da multinacional Shell de instalar uma usina termoelétrica na área do porto de Suape (próximo a Recife), a fim de evitar problemas de demanda de energia elétrica a partir de 2003. O vice-presidente Marco Maciel, que é pernambucano, não escondeu sua satisfação com o anúncio. FHC disse ainda que, nem que seja "como mero cidadão", quer comparecer à inauguração da ferrovia Salgueiro-Petrolina, que está sendo iniciada. A lei eleitoral que espera sanção presidencial para entrar em vigor proíbe que os candidatos participem de inaugurações de obras nos três meses que antecedem o pleito. Texto Anterior: Presidente cavalga em PE Próximo Texto: Presidente monta cavalo em PE Índice |
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