São Paulo, sábado, 27 de setembro de 1997 |
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Novo comandante quer população 'amiga'
OTÁVIO CABRAL
Para Camargo, o programa de policiamento comunitário só pode dar certo se as pessoas passarem a viver em um ambiente de "fraternidade e colaboração". Camargo tomou posse oficialmente no cargo em uma cerimônia realizada na manhã de ontem na Academia do Barro Branco, no Tremembé (zona norte de São Paulo). Após a cerimônia, ele se reuniu com 37 dos 54 coronéis do colegiado da PM. O policiamento comunitário é a principal meta de Camargo no comando da corporação. A idéia é que os policiais militares patrulhem a pé áreas restritas, onde conheçam a população e seus principais problemas. "Para colocar em prática o policiamento comunitário, é preciso mudar o comportamento dos 80 mil policiais e da população. Isso é um risco. Só na Grande São Paulo, 16,5 milhões de pessoas vão ter que mudar o comportamento no dia-a-dia", declarou. Na opinião de Camargo, as pessoas precisam viver em maior entrosamento, com umas sabendo dos problemas das outras, para o policiamento comunitário dar certo. A sociedade também necessita se entrosar com a polícia para o combate à violência ser mais eficiente. "A segurança pública é uma obrigação de todos, não apenas da polícia." O novo comandante vê risco de suas propostas fracassarem. Mas afirma que isso não o fará desistir. "Estamos fechando todas as portas por onde passamos para não termos como voltar atrás." Reunião Na reunião que teve com o colegiado de coronéis, Camargo pediu apoio e detalhou suas metas. Além do policiamento comunitário, ele quer integração entre a corporação e órgãos do governo e da sociedade civil, reciclagem de todos os policiais, a recuperação da auto-estima e a depuração interna, afastando rapidamente maus policiais e incentivando os bons. "Senti na equipe muita vontade de trabalhar. Parecia que falava com aspirantes." Texto Anterior: Queda no ICMS faz prefeituras reduzirem orçamento para 98 Próximo Texto: Mostrar ação é prioridade Índice |
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