São Paulo, sábado, 27 de setembro de 1997
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Mostrar ação é prioridade

DA REPORTAGEM LOCAL

Em oito dias no comando geral da Polícia Militar, o coronel Carlos Alberto de Camargo se esforçou para mostrar que a corporação está agindo e para marcar sua diferença em relação ao estereótipo de policial.
Logo ao desembarcar no Brasil vindo da Itália, na quinta-feira passada, Camargo pediu ajuda da sociedade civil para implantar suas principais propostas, como o policiamento comunitário.
Uma comissão formada pela PM, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e Pastoral do Menor da Igreja Católica vai discutir o modelo de policiamento a ser adotado. A primeira reunião da comissão vai ocorrer na terça-feira.
Camargo também prega que os policiais militares precisam ser cordiais e sorrir para a população, inclusive no momento das abordagens de suspeitos.
Outra atitude diferente do novo comandante foi realizar operações simultâneas na capital e no interior do Estado, além de ações especiais da PM à noite e nos finais de semana, visando combater a criminalidade.
Camargo admite que a PM não atravessa um bom momento e que a imagem dela ficou "manchada" por episódios como a favela Naval e a Fazenda da Juta. "A Polícia Militar passa por um dos períodos mais difíceis de sua história", foi a frase que abriu o discurso de posse de Camargo.
O novo comandante também tenta passar uma imagem pouco ligada à disciplina militar, citando autores civis e indicando livros para os coronéis.

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