São Paulo, sábado, 27 de setembro de 1997 |
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Bailarinos israelenses flutuam no Sul do país
DANIELA ROCHA
O "pequeno homem" chama-se Rami Be'er. Ele tem 39 anos, é o fundador da Kibbutz Contemporary Dance Company e seu diretor artístico desde 1970. No festival, o grupo apresentou "Aide Memoire", um espetáculo que faz referência ao holocausto por um exercício de associação a partir de imagens e sons. Be'er é coreógrafo, cenógrafo e figurinista, além de fazer a trilha sonora de "Aide Memoire", que em hebraico tem duplo sentido: refere-se à recordação de algo passado e, ao mesmo tempo, ao que acontece no presente. "Não descrevo o holocausto, mas mexo com referências que estão no inconsciente coletivo das pessoas. O espetáculo se relaciona com o aqui e agora, com o nosso tempo", disse Be'er. Seu espetáculo impressiona pela unidade entre movimento, temática, luz e som. "Sou influenciado por artes visuais, pintura, escultura, arquitetura e até artes gráficas para desenvolver o conceito dos espetáculos que faço." Em "Aide Memoire", 18 bailarinos entram e saem do palco durante esquetes que integram os 75 minutos da apresentação. "Dança para mim é diretamente conectada à vida, por isso não escolho o estereótipo do bailarino para integrar a companhia." Os próximos espetáculos do Kibbutz serão na Argentina. "Pretendo voltar ao Brasil para mostrar meu trabalho", disse. A jornalista DANIELA ROCHA viaja a Porto Alegre a convite da organização do festival. Texto Anterior: Rio é capital cênica do Brasil em outubro Próximo Texto: Engenheiros mudam para não mudar nada Índice |
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