São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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Os envolvidos

Cinco anos depois
Ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho - Não foi responsabilizado em nenhuma investigação oficial. Alegou ter sido informado do massacre às 18h do dia 2/10/92. Só divulgou o número de mortos no dia seguinte, minutos antes do encerramento das eleições.

Pedro Franco de Campos - Então secretário da Segurança Pública, foi exonerado após o massacre. Autorizou a invasão do pavilhão 9 pela PM e fez a ponte com o governador Fleury. Não foi acusado em nenhum processo. É procurador de Justiça.

José Ismael Pedrosa - Era diretor da Casa de Detenção e foi afastado do cargo, após a invasão da PM. Informou a PM sobre uma briga no pavilhão 9 e pediu a intervenção policial. Hoje dirige a Casa de Custódia de Taubaté.

Coronel Ubiratan Guimarães - Então comandante do Policiamento Metropolitano da PM, chefiou a invasão, até ser ferido por uma explosão. Aposentou-se após o massacre. Hoje é deputado estadual pelo PSD. Assumiu a responsabilidade pela invasão. É réu no processo contra a morte dos 111 presos.

Coronel Antônio Chiari - Então tenente-coronel, era comandante da Rota, tropa que matou 79,2% das 111 vítimas. Está sendo acusado lesão corporal grave na Justiça comum. Foi promovido a coronel, por merecimento, em 94. Hoje é chefe do Estado-Maior do Comando de Policiamento do Interior.

Major Wanderley Mascarenhas - Como capitão, chefiou a equipe do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais). Hoje faz trabalho administrativo na Divisão de Ensino e Instrução da PM. Foi promovido a major por tempo de serviço. É réu no processo na Justiça comum.

Tenente-coronel Edson Faroro - Chefiava o 2º Batalhão de Choque e foi afastado do cargo após o massacre. É réu no processo da Justiça comum. Voltou à ativa no CPAM-4 (zona leste). Hoje está na reserva.

Tenente-coronel Luiz Nakaharada - Comandou a "Operação Cino", na qual cães na PM fizeram varredura nas celas. Hoje está no comando do 4º BPM/M. É acusado individualmente da morte de cinco presos que se encontravam dentro de uma cela.

Major Valter Alves Mendonça - Como capitão, comandou a invasão do segundo andar do pavilhão 9, onde sua tropa teria matado 73 presos. Hoje faz trabalhos burocráticos no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap).

Capitão Ariovaldo Salgado - À época no COE (Comando de Operações Especiais), comandou a invasão do terceiro andar do pavilhão 9. Hoje ele está no Regimento de Cavalaria da PM.

Capitão Ronaldo Ribeiro dos Santos - Então na Rota, comandou a invasão do primeiro andar do pavilhão 9, onde morreram 15 presos. Ainda não foi promovido. Hoje está no 13º BPM/M.

Wilton Brandão Parreira Filho - Então comandante do Policiamento de Choque, participou da operação de rescaldo. Optou pela suspensão condicional do processo, que será decidida pela Justiça. Ele é acusado de crime de lesão grave. Hoje está na reserva.

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