São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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Processo tem um 'pedágio'

DA REPORTAGEM LOCAL

No "modelo" de ingresso do capital estrangeiro no sistema financeiro nacional que se estabeleceu durante a gestão de Gustavo Loyola à frente do Banco Central brasileiro, foi criada a figura do "pedágio".
O formato mais comum de "pedágio" ficou sendo aquele pago em dinheiro mesmo. Até agosto, a taxa havia sido aplicada em cinco casos, trazendo uma receita de US$ 80 milhões.
O valor não incluía a venda do Noroeste, pelo qual o Santander teve que pagar um "pedágio" de US$ 25 milhões.
Especula-se que o Bilbao Vizcaya terá que tirar do bolso um valor ainda maior, em torno de US$ 50 milhões, até porque o BCN tem praticamente o dobro de ativos do Noroeste.
Hoje, o BC tem uma tabela interna, elaborada pelo seu ex-diretor de normas Alkimar Moura. A tabela fixa critérios para o "pedágio" cobrado dos bancos estrangeiros.
O valor depende do investimento a ser feito, do tipo de instituição, se ela já opera ou não no país etc.
No caso do Bilbao Vizcaya, acredita-se que o BC poderá cobrar um outro tipo de "pedágio": exigir a sua participação no leilão de privatização do Meridional em contrapartida à permissão para aquisição do BCN.

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