São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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Sistema teve origem nos EUA

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A história da chamada "securitização de recebíveis" -venda de títulos com garantia em recursos a receber, fora das Bolsas, no chamado mercado secundário- é recente. Esse tipo de operação nasceu nos EUA, na década de 80, em meio à crise de financiamento do sistema imobiliário.
O governo interveio, criou um seguro de crédito e uma grande empresa securitizadora. Depois, o mercado se sofisticou, chegou aos créditos que as empresas têm a receber e aos créditos bancários.
Hoje, segundo Carlos Fagundes, do Crefisul, cerca de US$ 1 trilhão é movimentado por ano com essas operações nos EUA. Em outros países, como Inglaterra, França e Espanha, essas operações também são realizadas. No Peru e Malásia, a securitização de recebíveis está chegando agora.
No Brasil, já houve inúmeras operações de securitização de recebíveis, desde 93, quando passou a ser possível para empresas. Os casos mais famosos: a que salvou a Mesbla da falência e a da Rossi, do setor imobiliário. A Alcoa fez uma operação para exportação, securitizando US$ 400 milhões em recebíveis. A operação está prevista no projeto do governo que trata do Sistema Financeiro Imobiliário.
Mas a securitização de recebíveis financeiros é inviabilizada pelo fato de o Banco Central proibir a venda de créditos bancários a empresas não-financeiras. Uma resolução do Conselho Monetário Nacional alteraria essa situação. É o que está em estudo.
(CPL)

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