São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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Frente islâmica pede trégua

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Frente Islâmica de Salvação (FIS) pediu ontem uma trégua nas ações terroristas que vêm se intensificando na Argélia.
Rabah Kebir, chefe do braço internacional do grupo, disse na Alemanha que era tempo para que "a resistência islâmica armada" tomasse medidas para pôr fim às matanças.
A FIS, colocada na ilegalidade em 1992 quando um golpe militar impediu que se concluíssem eleições que eram vencidas pelos islâmicos, tem se aproximado do presidente Liamine Zéroual.
Na quarta-feira, a milícia Exército Islâmico de Salvação (EIS), ligada à FIS, declarara uma trégua, marcada para começar em 1º de outubro.
A aproximação entre os rebeldes islâmicos, que entraram em atividade há quase seis anos, e o governo militar argelino esbarra na intransigência do Grupo Islâmico Armado (GIA). A organização fundamentalista, dissidência da FIS, rejeita qualquer trégua e continua a realizar ataques, em sua maioria massacres de civis em áreas rurais do norte do país.
Na segunda-feira, o grupo matou 200 pessoas em Baraki (subúrbio de Argel, a capital do país), segundo testemunhas.
Jornais argelinos noticiaram que operações das forças de segurança do país nos últimos quatro dias mataram ao menos 50 rebeldes islâmicos na Província de Tiaret, região central.
Mais de 60 mil pessoas já morreram desde que se intensificou a atividade de grupos islâmicos no início desta década.

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