São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997
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Fumaça não causou acidente, diz piloto

Declaração foi dada ontem

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A fumaça que cobre vasta aérea do Sudeste Asiático há dias não deve ter contribuído para o acidente ocorrido anteontem com avião na Indonésia, no qual morreram 234 pessoas, disseram pilotos.
"A fumaça é algo comum para pilotos. Há instrumentos no avião e em terra que podem ser usados para contorná-la", disse Shadrach Nababan, chefe de associação de pilotos da Garuda Airlines, empresa a que pertence o Airbus que caiu anteontem. "Não é pior do que voar através das nuvens", disse um outro piloto que não quis ser identificado.
A agência de notícias indonésia "Antara" havia informado que o piloto do Airbus A-300 pediu ajuda à torre de controle momentos antes da queda devido à baixa visibilidade.
Os trabalhos de resgate de corpos no local do acidente (norte da ilha de Sumatra -Indonésia) continuavam ontem. Segundo autoridades do país, cerca de 70 corpos foram resgatados até o momento.
Choque entre navios
A mesma fumaça que ontem foi descartada por pilotos como a causa do acidente com o avião da Garuda Airlines, porém, deve ter sido a responsável pela colisão entre dois navios de carga anteontem no estreito de Malacca.
Um dos navios, de bandeira indiana, afundou e 28 de seus 33 tripulantes estão desaparecidos. No outro navio, pouco avariado, não há vítimas.
Há semanas, uma densa nuvem de fumaça atinge a Indonésia, Cingapura, Brunei, Malásia, Tailândia e Filipinas. O fenômeno é causado por diversos focos de incêndio em vasta área do território indonésio. Duas pessoas já foram mortas devido a complicações respiratórias e milhares foram tratadas após inalarem a fumaça.

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