São Paulo, domingo, 28 de setembro de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Bravo mostra a China de Lucélia
ELAINE GUERINI
Com direção de Lucélia Santos e narração de Ney Matogrosso, o documentário faz um apanhado cultural, político, econômico e religioso da China. Ao todo, são cinco episódios, rodados em 16mm, com 45 minutos cada. Durante 45 dias entre setembro e outubro do ano passado, Lucélia e equipe percorreram 12.442 quilômetros entre China (incluindo Tibete), Hong Kong e Macau. O resultado foi um material filmado de 22 horas. "A China é um país tão rico quanto o Brasil em termos de diversidade cultural. Quanto mais você conhece, mais você percebe que ainda não viu nada", diz Lucélia, que também atuou como produtora. Sangue e saúde O primeiro episódio, "Pilar de Sangue", que vai ao ar às 22h, é uma compilação de imagens de arquivo cedidas pelas emissoras de TV chinesas. Trata-se de um painel sobre a história da China -desde 1840 até a morte do imperador Deng Xiao Ping. Os episódios serão apresentados aos sábados, às 22h. "Um Povo que Come Melhor Tem Mais Saúde", o segundo (no ar no dia 11 de outubro), traça um panorama cultural do país, destacando seus costumes e suas artes -como pintura, caligrafia, teatro, cinema e culinária. O terceiro episódio ("Nas Águas do Yangzi"), com exibição no dia 18, enfoca a economia chinesa. Com direito a um passeio de barco pelo rio Yangzi, o documentário mostra a catarata Três Gargantas, onde será construída uma hidrelétrica, apontada como a maior do mundo. O futuro da China -do ponto de vista político e econômico- é o tema do quarto episódio, "Um País, Dois Sistemas" (no ar no dia 25). O programa traz imagens da Grande Muralha e da praça da Paz Celestial. "Mas não tive a pretensão de fazer análise. Nenhum episódio é engajado", destaca Lucélia. "A Morada das Deidades", o último episódio (dia 1º de novembro), é dedicado à vida espiritual na China. O programa discute o papel do budismo e ainda visita o Tibete, considerado o "Teto do Mundo". Dos cinco episódios, esse é o que mais convoca o telespectador à contemplação. "Essa foi a parte mais difícil do projeto. Como não conseguimos autorização para filmar no Tibete, tivemos de usar uma câmera pequena e torcer para que ninguém nos impedisse", conta Lucélia. O documentário é o trabalho de estréia da atriz na direção. "No início, pensei em convidar Hector Babenco para o cargo. Depois, percebi que, por ter idealizado o projeto, eu já tinha tudo na cabeça. Seria mais rápido explicar para o fotógrafo do que passar tudo para o diretor." PONTO DE MUTAÇÃO - CHINA HOJE: série de documentários do canal Bravo Brasil (TVA) que estréia neste sábado, às 22h Texto Anterior: Onde e quando assistir Próximo Texto: Intercâmbio inclui mais projetos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |