São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 1997
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Ruas de Copenhague têm trânsito 'cíclico'

LUIZ HENRIQUE RIVOIRO
DO ENVIADO ESPECIAL À ESCANDINÁVIA

Pedalar, pedalar e pedalar é o jeito mais fácil, barato e indicado para conhecer Copenhague, a capital da Dinamarca.
Todo o sistema viário da cidade, que tem cerca de 1,7 milhão de habitantes, foi desenvolvido pensando na integração entre ciclistas, pedestres, trens e automóveis.
As ciclovias estão por todo lado, e a topografia plana facilita a vida de quem não está com um excelente preparo físico.
Para completar, existem 1.700 bicicletas espalhadas por 120 estacionamentos especiais. Neles, qualquer pessoa pode chegar, colocar uma moeda de 20 coroas e sair rodando pela cidade.
Ao devolver a bicicleta, mesmo que seja em um ponto diferente daquele de origem, a moeda é automaticamente devolvida.
Reconhecer essas bicicletas gratuitas é fácil: suas rodas são menores que as das bicicletas tradicionais. Além disso, as cores são sempre berrantes.
Para quem não conseguir uma dessas, dá para alugar uma bike na estação central de trem. Pagando 50 coroas pelo aluguel do veículo, você tem direito a passar um dia pedalando pela cidade.
O porto, o palácio e a sereia
Nyhavn é a parte mais antiga do porto da cidade, mas, ironicamente, o nome que designa o local quer dizer "porto novo".
Ali concentram-se casas com até 300 anos de construção, bem conservadas e coloridas.
Inicialmente, era ali que se hospedavam, bebiam e eram tatuados os marinheiros em visita à cidade. O escritor Hans Christian Andersen (1805-1875) morou ali por 40 anos. Hoje, Nyhavn tenta manter a atmosfera festiva, com bares, cafés, bistrôs, sorveterias e lojas especializadas em tatuagens.
Durante o dia e à noite, jovens lotam as mesas espalhadas pelo calçadão e se esparramam pelo cais. A dica é aproveitar um dia de sol para gastar o tempo observando o movimento com uma cerveja Carlsberg à mão.
Próximo dali, fica o palácio de Amalienborg, residência oficial da monarquia dinamarquesa desde 1794. São quatro construções em estilo rococó com uma praça no centro. Sempre às 12h, é possível acompanhar a troca da guarda.
Um dos prédios, com móveis da família real, pode ser visitado diariamente das 10h às 17h.
Logo depois do palácio, cerca de 10 minutos a pé, ou bem menos de bicicleta, fica a estátua da "Pequena Sereia", personagem de uma das lendas de Andersen e de desenho animado de Walt Disney.
Feita em bronze pelo escultor Eduardo Erickssen, a estátua é, dizem com orgulho os dinamarqueses, a "mulher mais fotografada do mundo".
O calçadão, a noite e o Tivoli
Percorrer a "mais longa e antiga" rua exclusiva para pedestres no mundo, a Stroget, com suas lojas e prédios de mais de 400 anos, é um bom programa.
A arquitetura do centro faz da caminhada uma viagem no tempo. Também é nessa rua que se concentram músicos e artistas performáticos, além das tradicionais lojas de cristais.
Fique atento a produtos que tragam o selo "Tax Free", que dá ao turista o direito de reembolsar parte dos gastos com compras em qualquer posto autorizado no aeroporto ou na estação de trem.
É na Stroget e arredores que também estão os pubs e boates mais concorridos da cidade.
Para tomar uma Guiness (40 coroas), cerveja escura irlandesa, bem tirada, tente o Old English Pub e o Mary McGuiness, ou se aventure por alguns dos inúmeros bares com música ao vivo que se espalham pelo centro da cidade.
Numa das pontas da Stroget fica o prédio da prefeitura (Radhus) e, logo à frente, o Tivoli, centenário parque de diversões com diversos brinquedos, 29 restaurantes, jogos, teatros e museus.
Para conhecê-lo é preciso ficar atento aos horários. De 24 de abril a 14 de setembro, funciona das 11h à 0h. Às sextas e sábados, fecha às 2h. Ali estão desde barracas de cachorro-quente até restaurantes de alto nível, especializados em peixes e pratos típicos.

Mais informações na Dinamarca: Wonderful Copenhagen, Gammel Kongevej, 1, tel. local (45) 33 25 7400, fax: (45) 33 25 7410. Endereço na Internet: www.woco.dk.

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