São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 1997 |
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FHC quer apoio do Chile frente ao Alca AUGUSTO GAZIR AUGUSTO GAZIR; GUSTAVO PATÚ
O presidente Fernando Henrique Cardoso quer assegurar o apoio do Chile à posição do Mercosul na Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Os Estados Unidos querem apressar a implementação da área continental de livre comércio, enquanto o Brasil e seus parceiros no Mercosul -Argentina, Paraguai e Uruguai- preferem uma posição mais cautelosa. FHC chega hoje a Santiago, onde participará da reunião do PECC (sigla em inglês para Conselho de Cooperação Econômica do Pacífico), um grupo de países com acesso comercial àquele oceano. Amanhã, completa um ano o acordo de livre comércio entre o Chile e o Mercosul. Antes desse acordo, o Chile vinha mantendo entendimentos mais estreitos com o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte). No governo do presidente Eduardo Frei, o país se aproximou do Mercosul. Recentemente, o governo norte-americano enviou ao Congresso o projeto que impede que os parlamentares modifiquem acordos comerciais, chamado "fast track", uma condição básica para as negociações da Alca. Agora, o Brasil quer estar seguro que o envio do "fast track" não alterará o rumo das negociações com o Chile. Estão previstos encontros com Frei e políticos chilenos. Hoje, FHC abre exposição de Di Cavalcanti, no Museu de Belas Artes. Além de consolidar a aproximação do Chile com o Mercosul, FHC e os ministros Pedro Malan (Fazenda) e Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores) querem abrir novas frentes de negócios do Brasil com os países banhados pelo Pacífico. O PECC, um fórum não-governamental, vai reunir cerca de 2.000 empresários de diferentes países. Do Brasil, vão participar 65 empresários. O presidente e Malan farão amanhã discursos durante a reunião para apresentar a economia brasileira e as oportunidades de investimento no país. Os dois vão instalar um conselho empresarial entre os dois países. "O Brasil tem de se abrir para o Pacífico. Temos de ver nossos interesses nessa área", afirmou Eduardo Gouvêa Vieira, do grupo Ypiranga, que inaugura amanhã escritório em Santiago. Em parceria com um grupo chileno, a Ypiranga começa a construir no ano que vem uma fábrica petroquímica ao sul de Santiago. O objetivo é exportar os produtos por meio do Pacífico. Segundo Vieira, ao exportar direto do Chile, o grupo vai economizar US$ 100 por tonelada. LEIA MAIS sobre comércio exterior na pág. 2-12 Texto Anterior: Contrato com a Odebrecht divide cúpula da Petrobrás Próximo Texto: CRT está no pacote Telebrás, diz Motta Índice |
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