São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 1998 |
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'Fair play' é a arma mineira na final
FERNANDO MELLO
Apontada pelos cruzeirenses como o maior trunfo dos paulistas, as jogadas aéreas serão combatidas na origem: as cobranças de falta dos laterais Arce, pela direita, e de Júnior, pela esquerda. "O Palmeiras é muito forte nas bolas altas. Eles têm o Cléber, o Júnior Baiano, o Oséas e o Paulo Nunes, que levam perigo quando cabeceiam. A ordem para o próximo jogo é não fazer faltas", disse o treinador do Cruzeiro, Levir Culpi. No segundo jogo da final do torneio sul-americano, anteontem, os palmeirenses fizeram dois de seus três gols em bolas paradas. Cléber e Paulo Nunes subiram livre para, de cabeça, marcar. O zagueiro Marcelo tem a mesma opinião. "Temos que evitar fazer tantas faltas. O Palmeiras "cava" muitas para poder lançar a bola na área. Temos que tirar o jogo de hoje (anteontem) como lição." Para o volante Valdir, só o 'fair play' não basta. "Precisamos também fazer uma marcação especial nesses jogadores que têm facilidade para cabecear, principalmente no Oséas e no Júnior Baiano." Favoritismo Os mineiros estão colocando toda a responsabilidade da conquista do título da Copa Mercosul nas mãos dos palmeirenses. "Eles estão muito mais descansados e jogam ao lado de sua torcida. Vamos ter que dar aquele último esforço", disse o volante Valdir. Para Marcelo, o regulamento da competição pode beneficiar os mineiros. "Como o empate leva a decisão para os pênaltis, eles terão que vir para cima. Apesar de estarem em melhores condições físicas, eles podem ser surpreendidos nos contra-ataques." Segundo o técnico Levir Culpi, o "jogo é igual, mas as condições físicas não são as mesmas." Além do desgaste físico, o Cruzeiro terá que lutar contra as contusões. Três titulares preocupam. O zagueiro Wilson Gottardo, que atuou apenas no primeiro tempo anteontem devido a dores musculares, o volante Djair, que saiu de campo com uma suspeita de fratura no tornozelo direito, depois de ter levado um pisão, e o atacante Fábio Júnior, que torceu o joelho direito em um lance com o zagueiro palmeirense Cléber. "É difícil que eu jogue. Em uma decisão, não podemos entrar se não estivermos em perfeitas condições", disse Wilson Gottardo, zagueiro e capitão do Cruzeiro. (FM) Texto Anterior: Scolari rebate críticas rivais Próximo Texto: 'Jogadores estão virando o fio', afirma Levir Culpi Índice |
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