São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 1998 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
1999
JOSIAS DE SOUZA
esperança perdida empresa falida. Não é o que se queria o céu está nublado o mar encapelado o Brasil foi depenado e o ministério é uma fria. O novo já se esfarinha todos querem sua lasquinha o estilo é do Sarney e o cargo, do Zeguinha. Rufam os tambores na Brasília dos favores tucano virou andorinha. O governo de novo fatiado FHC se diz cansado e promete reagir. Não há quem creia ninguém receia ele não é de demitir. Ah, quanta confusão nada mais repercute gato flerta com cão e Fiesp abraça CUT. Falou-se em crescimento falou-se no social mas não há Orçamento é tempo de ajuste fiscal. O país está fadado às agruras do mercado o chique é ser liberal. Oh, supremo fatalismo no ocaso do capitalismo pobreza é imprudência não dói na consciência. Não seja bobo, não seja ético é mero acidente genético. Fukuyama estava certo o mundo ainda será deserto é mesmo o fim da história a luta, vê-se, é inglória. O pefelê é maioral o FMI brinca no quintal o Brasil vai virar Congo Ruth já dança o tango. Perderam-se os ideais o discurso, os referenciais. Foram-se a decência, a coerência e os juros são siderais. Foi-se a teoria weberiana nem frango barato haverá mais. Texto Anterior: QUEM VIGIA A POLÍCIA Próximo Texto: Coisas fora de lugar Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |