São Paulo, sábado, 4 de abril de 1998 |
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Jereissati deve ser candidato à reeleição
PAULO MOTA
O senador Lúcio Alcântara, um dos cinco pré-candidatos do PSDB ao Ceará caso Jereissati desista, disse que não tem dúvidas de que ele tentará a reeleição. "Manterei minha pré-candidatura até que ele oficialize sua intenção, mas sinto no ar que ele vai para a disputa." Assessores mais próximos de Jereissati dizem que o desejo pessoal do governador era disputar uma vaga no Senado para atuar mais na política nacional. Foi forçado a rever sua posição diante dos fatos da conjunta política cearense. O principal deles foi a desenvoltura com que a candidatura presidencial de Ciro Gomes tem crescido no Ceará. A cúpula do PSDB cearense chegou à conclusão de que Jereissati seria a única forma de barrar uma derrota humilhante de Fernando Henrique Cardoso para Ciro Gomes no Ceará. Pesou na decisão de Jereissati a falta de um candidato de consenso dos tucanos cearenses para o governo. Cinco nomes lançaram-se na disputa. Além de Alcântara, o senador Sérgio Machado, o deputado estadual Luís Pontes, que é presidente da Assembléia Legislativa, o secretário da Indústria e Comércio, Raimundo Viana e o empresário Amarílio Macedo. Assessores também afirmam que Jereissati preferiu não por em risco os projetos que desenvolve no Estado e os R$ 975 milhões arrecadados com a privatização da Coelce. Outra evidência de que a candidatura é para valer foi a desistência do presidente do Tribunal de Justiça do Ceará, José Maria Melo (PMDB), de ficar na disputa. Ele disse a assessores que tem consciência de que a candidatura de Jereissati é considerada imbatível e que preferia não partir para o sacrifício. Texto Anterior: TREs terão mais poder contra abusos Índice |
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