São Paulo, sábado, 4 de abril de 1998
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Semana tem 190 casos de dengue em SP

RODRIGO VERGARA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Estado de São Paulo registrou 190 novos casos de dengue em apenas uma semana, segundo balanço da doença divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde.
Agora são 1.600 casos confirmados no Estado neste ano, concentrados principalmente em três regiões: Campinas (696 casos), Rio Preto (372) e Pereira Barreto (264). Até a semana passada, os casos confirmados somavam 1.410 notificações.
O índice de 190 casos novos em uma semana é maior que a média semanal registrada neste ano em todo o território paulista. De janeiro até ontem, surgiram em média, por semana, 123 novos casos.
Embora isso signifique uma intensificação da epidemia, a sazonalidade da doença tem que ser levada em consideração. No ano passado, março e abril também foram os meses de maior concentração de novos casos.
A epidemia, no entanto, está mais intensa em 98, em comparação ao ano passado. Ao final de março de 97, havia 799 casos, ou 50% menos que o total existente hoje, no mesmo período.
Hemorrágica
Embora sem nenhum registro de dengue hemorrágica contraída no Estado, São Paulo tem pelo menos duas regiões em que o risco de aparecimento desse tipo mais grave da doença é alto: Barretos e Ribeirão Preto.
Segundo Nilson Vieira de Melo, secretário-executivo do programa de erradicação da dengue em São Paulo, a dengue hemorrágica acontece, geralmente, quando uma pessoa que já foi infectada por um dos quatro tipos do vírus causadores da doença é contaminada por outro tipo.
Mas os sangramentos característicos da dengue hemorrágica, que pode levar até à morte, também podem aparecer na primeira contaminação, dependendo da sensibilidade do doente.
Dois dos quatro tipos de vírus existentes já foram detectados no Estado. O mais comum é o de tipo 1, identificado em pelo menos 35 dos 39 municípios em que a dengue está presente, hoje. Já o tipo 2 já foi identificado em São José do Rio Preto, Nova Granada, Bálsamo e Itápolis, todas na região noroeste de São Paulo.
Melo, no entanto, suspeita que nessas cidades, embora ainda não identificado, existam casos também do vírus do tipo 1.

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