São Paulo, quarta-feira, 22 de abril de 1998
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Conheça sua trajetória

ADRIANA BRUNO
DO BANCO DE DADOS

O governo da Bahia era mais um passo em sua carreira. Luís Eduardo era o pré-candidato do partido a governador e já havia sido lançado -extra-oficialmente- candidato pelo PFL à Presidência da República em 2002.
Cinco trios elétricos, dois bonecos gigantes e cerca de 15 mil pessoas testemunharam, em março deste ano, o que seria o primeiro comício do pré-candidato a governador, que se declarava avesso ao Carnaval.
Luís Eduardo Maron de Magalhães nasceu em Salvador (BA), em 16 de março de 1955. Em 1979, filiou-se à Arena, iniciando seu primeiro mandato eletivo no mesmo ano, como deputado estadual.
Entre 1973 e 1975, foi oficial de gabinete do governador da Bahia -na época, seu pai- e, de 75 a 79, chefe de gabinete do primeiro-secretário da Assembléia Legislativa da Bahia.
Reelegeu-se deputado estadual em 1983. Em 1985, filiou-se ao PFL, partido com o qual obteve três mandatos consecutivos de deputado federal, a partir de 87.
Em fevereiro de 92, Luís Eduardo tornou-se líder do PFL na Câmara dos Deputados. Sua missão era fazer o partido participar mais ativamente das decisões políticas e deixar o estigma de fisiológico.
Já no governo FHC, Luís Eduardo foi eleito presidente da Câmara com 384 votos, contra 85 do deputado José Genoino (PT-SP).
No período, ocupou duas vezes a Presidência da República, como interino -por seis horas em 17 de outubro e nos dias 6 e 7 de novembro de 95.
Conhecido por sua habilidade nos bastidores, foi convidado por FHC para assumir a articulação política como líder do governo na Câmara.
Recusou-se a assumir o Ministério de Assuntos Políticos (pasta extraordinária ocupada por Luiz Carlos Santos e extinta em abril), dizendo não estar disposto a "administrar vaidades".
Em junho do ano passado, o deputado assumiu o comando político do governo sem prometer a aprovação das reformas propostas por FHC. "Não sou milagreiro", disse.
Como líder do governo, mostrou-se contra à convocação de um Congresso revisor, em 1999, para modificar a Constituição.
À época, Luís Eduardo e FHC foram adversários. Um estudo do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) feito depois do Congresso constituinte mostrou que, em 11 temas sobre os direitos do trabalhador, os dois só coincidiram uma vez. Eles votaram contra a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores.
Bacharel em direito pela Universidade Federal da Bahia, Luís Eduardo sofria de hipertensão.
Em 1996, foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para a realização de um check-up.
Casado com Michelle Marie Pimentel Magalhães, teve três filhos -Paula, Carolina e Luís Eduardo.

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