São Paulo, quarta-feira, 22 de abril de 1998
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REPERCUSSÃO

Marcello Alencar, governador do Rio (PSDB): "É chocante, surpreendente e sobretudo lamentável a morte de um homem que vinha se notabilizando como uma liderança política emergente. Luiz Eduardo Magalhães teve uma contribuição notável, não só no programa de estabilização, mas no governo Fernando Henrique. O Rio vai prestar todas as homenagens a um homem público de destaque."

Cesar Maia, ex-prefeito do Rio e candidato ao governo do Estado pelo PFL: "Estou perplexo. Estive na casa dele, em Salvador, há três semanas. Na ocasião, brinquei com ele dizendo que a eleição atualmente funciona na base do corpo a corpo. Ele respondeu que estava perfeito. Contou que fez check up e corria todo dia. Do ponto de vista político, foi uma tragédia. As pessoas não sabem como custa criar uma liderança na Câmara. Depois da morte do deputado Ulysses Guimarães, Luís Eduardo foi a maior liderança na Casa. Na presidência, ele deu qualidade e transparência. Acho que vai demorar mais uns quatro anos para que apareça um substituto na Câmara, com a competência e a energia dele."

Fernando Gabeira, deputado federal (PV/RJ): "Estou muito sentido. Foi uma pessoa com quem tive uma excelente relação quando foi presidente da Câmara. Ele foi um grande presidente, teve um trabalho admirável. No meu caso, abriu possibilidades de intervenções em momentos importantes. Sempre foi extremamente atencioso e cordial comigo. Sempre se comportou como um cara do PFL moderno."

Hélio Costa, 58, ex-deputado federal e integrante do diretório nacional do PFL: "Foi um terrível choque. Luís Eduardo era uma grande expectativa e uma grande esperança do partido. Era parte do projeto PFL-2002. O partido pretendia prepará-lo no governo da Bahia para ser candidato a presidente da República. Com a morte do Sérgio Motta e do Luís Eduardo, toda a política brasileira tem de ser repensada".

Newton Cardoso, ex-governador e pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo PMDB: "Estou traumatizado. Éramos grandes amigos e eu gostava profundamente dele. Em 96, fiz uma homenagem a ele na minha fazenda no norte de Minas. Foi uma festa apolítica, com representantes de vários partidos para homenagear a pessoa. Eu o conhecia havia dez anos. Tive com ele a melhor amizade e ele sempre me telefonava para falar de problemas no Congresso. É uma lacuna imensurável. O Congresso perdeu uma parte".

Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República, em nota oficial: "Morre um grande amigo e o Brasil perde a sua mais promissora liderança política. Sinto-me triste e consternado".

Zélia Gattai, escritora e mulher do escritor Jorge Amado: "Jorge (Amado) ficou muito chateado, triste e chocado, tomou um comprimido e se recolheu. Vai ser um luto na Bahia e já está sendo desde hoje. Jorge acha que ele faria muito no governo da Bahia. Como temos amizade com Antonio Carlos (Magalhães), por consequência tínhamos estima por ele. Quando soubemos que ele teve um enfarte, ligamos para a Arlete, mulher dele. Falei com as filhas dele e deixei um abraço, pensando que fosse algo leve".

Jaime Lerner, governador do Paraná (PFL): "O deputado foi uma estrela cadente que riscou o céu da política brasileira, e nele, certamente, deixará sua marca. O PFL perdeu uma de suas mais brilhantes e expressivas lideranças, um jovem político, competente e de futuro promissor".

Eduardo Azeredo, governador de Minas (PSDB): "A morte de Magalhães foi um susto grande. "Ontem (anteontem), ficamos lado a lado no sepultamento do ministro Sérgio Motta, e tudo estava bem com ele. É uma perda grande. Não só para o governo federal, mas para a vida política do país, porque era uma nova liderança que surgia".

Antônio Britto, governador do Rio Grande do Sul (PMDB): "Estou chocado. Além de um político sério e extremamente habilidoso, era um amigo. Estivemos juntos no velório de Sérgio Motta e não percebi nada de anormal".

Amazonino Mendes, governador do Amazonas (PFL): "O impacto da morte do deputado foi inesperado e traz um prejuízo inestimável para a Nação. Ele se preparava para ser um dos quadros mais expressivos da vida pública do país. Imagino como o pai dele está se sentindo agora, já que ele tinha tantos sonhos para o filho".

Almir Gabriel, governador do Pará (PSDB): "Conheci Magalhães na época da Constituinte. Ele era um político muito empenhado, trabalhador e um grande articulador, que tinha um futuro promissor. Com sua morte, perdem a Bahia, o Brasil e o governo federal.

Wilson Martins, governador de Mato Grosso do Sul (PMDB): "A morte de Luís Eduardo surpreendeu o país. Era um deputado jovem e aparentemente com toda a vitalidade. Ele fazia uma carreira brilhante e representava, na Bahia, a continuidade do trabalho de seu pai. Luís Eduardo era um dos pontos de apoio do presidente Fernando Henrique Cardoso nas batalhas do Congresso. O PFL é um partido forte e dos mais estruturados do país, mas assim mesmo sofre um grande golpe, como de resto sofremos todos nós".

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