São Paulo, quarta-feira, 22 de abril de 1998
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REPERCUSSÃO

José Aníbal, deputado federal (PSDB-SP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara: "As mortes de Sérgio Motta e de Luís Eduardo são perdas fundamentais para o país. Mesmo assim, é preciso acelerar ainda mais o processo de reformas, para o qual os dois tanto contribuíram. Sua ação foi a de um grande presidente da Câmara e líder do governo. Era um político que agia por convicção".

Antônio Imbassahy, prefeito de Salvador (PFL): "Eu não sei o que vai ser de ACM. Luís Eduardo era o coração do senador".

Zélia Gattai, escritora e mulher de Jorge Amado: "Jorge (Amado) ficou muito chateado, triste e chocado, tomou um comprimido e se recolheu. Vai ser um luto na Bahia e já está sendo desde hoje. Jorge acha que ele faria muito no governo da Bahia".

Arthur Virgílio, deputado federal (PSDB-AM): "Parece que estão querendo colocar a gente à prova. De uma hora para a outra, o governo perde a perspectiva de ter no segundo mandato duas pessoas no comando das estratégias do Executivo. É injusto que uma das quatro pessoas mais importantes do Congresso morra como um passarinho. O governo fica agora a meia força".

Luiz Carlos Santos, deputado federal (PFL-SP): "Era o melhor político de sua geração, com a maior habilidade. Era um homem para ocupar a Presidência da República. Junto com a morte de Sérgio Motta, a de Luís Eduardo representa um brutal desarranjo político em todo o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso".

Jader Barbalho, senador (PA), líder do PMDB no Senado: "Uma tragédia. É o imponderável. Não tenho palavras".

Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República, em nota oficial: "Morre um grande amigo e o Brasil perde a sua mais promissora liderança política. Sinto-me triste e consternado".

Epitácio Cafeteira, senador (PPB-MA): "ACM não tem como se refazer emocionalmente desta perda. Ele nunca mais será o mesmo. Todo pai tem um projeto para o filho e ACM trabalhou muito para preparar o projeto político do filho".

Cesar Maia, ex-prefeito do Rio e candidato ao governo do Estado pelo PFL: "Estou perplexo. Estive na casa dele, em Salvador, há três semanas. Na ocasião, brinquei com ele dizendo que a eleição atualmente funciona na base do corpo a corpo. Ele respondeu que estava perfeito, que corria todo o dia. Do ponto de vista político, foi uma tragédia. As pessoas não sabem como custa criar uma liderança na Câmara."

Arnaldo Madeira, deputado federal (PSDB-SP): "É uma perda gigantesca. Ele era um político diferenciado, cumpria a palavra, era educado, gentil e uma porta aberta do PFL com a gente. Tinha muita firmeza na modernização do país".

Fernando Gabeira, deputado federal (PV/RJ): "Estou muito sentido. Foi uma pessoa com quem tive uma excelente relação quando foi presidente da Câmara. Ele foi um grande presidente, teve um trabalho admirável. No meu caso, abriu possibilidades de intervenções em momentos importantes. Sempre foi extremamente atencioso e cordial comigo. Sempre se comportou como um cara do PFL moderno."

Hélio Costa, 58, ex-deputado federal e integrante do diretório nacional do PFL: "Foi um terrível choque. Luís Eduardo era uma grande expectativa e uma grande esperança do partido. Era parte do projeto PFL-2002. Com a morte dele e de Sérgio Motta, toda a política brasileira tem de ser repensada".

Geraldo Alckmin, vice-governador de São Paulo (PSDB): "Ele sintetizava uma nova geração de homens públicos, aberta ao diálogo, com vocação democrática e espírito público, que tem uma grande contribuição a dar ao país. Tivemos muitos embates no Congresso, mas era notável a capacidade dele de colocar seu ponto de vista respeitando o dos outros".

Newton Cardoso, ex-governador e pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo PMDB: "Estou traumatizado. Éramos grandes amigos e eu gostava profundamente dele. Em 96, fiz uma homenagem a ele na minha fazenda no norte de Minas. Foi uma festa apolítica, com representantes de vários partidos para homenagear a pessoa. É uma lacuna imensurável. O Congresso perdeu uma parte".

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