São Paulo, quarta-feira, 22 de abril de 1998 |
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Família de agricultor diz estar desinformada
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
O agricultor havia trabalhado durante a semana toda com seu pai, José Correia Irmão, 61, na plantação de café que a família mantém no sítio Três Irmãos. "Levei meu menino no conforto enquanto viveu. Se morreu, foi por força de Deus", disse o pai. Com dificuldade para coordenar frases, Irmão disse ter ouvido apenas comentários sobre a doença que pode ter acometido seu filho. Dengue hemorrágica "Falam que a doença pega até pelo ar. Mas, se for por causa do pernilongo, vai morrer todo mundo", disse, referindo-se ao mosquito Aedes aegypti e à suspeita de que pode ter sido um caso de dengue hemorrágica. A confirmação da contaminação pelo hantavírus ainda espera os resultados do exame de sangue. O trabalhador rural garantiu que não há infestação de ratos no sítio -os roedores teriam sido eliminados, segundo ele, por gatos e por ratoeiras. Na propriedade, a 6 km de Nova Guataporanga (675 km a noroeste de São Paulo), moram sete integrantes da família, em meio a criações de galinhas, patos, porcos e de gado bovino para corte. Até ontem, segundo a família, o sítio não havia sido visitado por educadores sanitários. Prefeitura O prefeito de Nova Guataporanga, Policarpo Santos Freire (PSDB), descartou tomar qualquer medida antes que seja divulgado o exame feito no sangue do lavrador. "A cidade toda está preocupada. Foi uma morte muito rápida. Estamos aguardando", afirmou o prefeito da cidade. (JEC) Texto Anterior: Hantavirose foi identificada em 93 na América Próximo Texto: Estado define mudança no combate ao crime Índice |
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