São Paulo, quinta-feira, 11 de junho de 1998
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Lucro da CSN cresce 3.000% após venda

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O lucro da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), corrigido para reais de dezembro de 97, cresceu quase 3.000% de 93, ano da privatização (abril), para 94. Segundo a empresa, passou de R$ 9 milhões para R$ 275 milhões.
Em 95, o lucro corrigido caiu em relação a 94 (R$ 142 milhões), voltando a crescer em 96 (R$ 293 milhões) e 97 (R$ 450 milhões).
Outras empresas privatizadas pelo governo federal, como Light e Vale do Rio Doce, também apresentaram lucros maiores após as desestatizações.
A Vale do Rio Doce pulou de um lucro de R$ 517 milhões em 96, seu último ano como estatal, para R$ 756 milhões em 97, primeiro ano como empresa privada.
O lucro da Vale em 97 foi 46,23% maior que o do ano anterior. A empresa foi privatizada no começo de maio do ano passado, tendo sido gerida pelos novos controladores durante pouco menos de oito meses do ano.
Para este ano, o primeiro totalmente sob gestão privada, o mercado prevê um lucro para a Vale superior a R$ 1 bilhão.
A previsão tem como base o resultado do primeiro trimestre, quando o lucro atingiu R$ 248 milhões, contra R$ 80 milhões do mesmo período de 97.
A Light passou de um prejuízo de R$ 110,1 milhões em 95 para um lucro de R$ 173,3 milhões em 96, ano em que foi privatizada.
Ela foi vendida em maio de 96. A inversão de prejuízo para lucro no primeiro ano parcialmente sob gestão privada foi gerada pelo desmembramento feito na empresa para viabilizar a venda.
Em 95, a Light incluía no seu patrimônio uma participação de 48% no capital da Eletropaulo.
Seu prejuízo saiu todo dessa participação. Sem ela, a empresa teria obtido lucro de R$ 95,3 milhões no ano.
Mesmo descontando isso, o lucro cresceu 81,5% de 95 para 96. E em 97, já sem influência da Eletropaulo, o lucro atingiu R$ 319 milhões, com um aumento de 84% sobre o ano anterior.

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