São Paulo, domingo, 14 de junho de 1998
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Administrador tinha fobias

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma estranha fobia acompanhava o administrador hospitalar Fabio Teixeira, 33, desde a adolescência. Ele não conseguia ficar em locais como salas de cinema, teatro, ônibus etc.
"Não sabia o porquê, mas eu não conseguia ficar em lugares fechados", afirma.
Há um ano, depois de procurar ajuda psicanalítica e participar de grupos terapêuticos com outros homens, descobriu o seu problema. "Fui educado para ser frio e calculista. Não podia cometer erros, tinha que ser infalível. Nesse trabalho, percebi que essa pressão me fazia conter os meus sentimentos. A fobia era resultado disso."
Na psicoterapia, ele afirma que resgatou vários momentos da infância em que ele tinha aprendido a conter as emoções. "Me emocionei muito porque revi pessoas e situações do meu passado. Tudo isso me fez mudar."
Hoje, ele afirma ter mudado completamente. A fobia desapareceu e hoje diz que se relaciona muito melhor no trabalho e com a mulher. "Parei de carregar o mundo nas minhas costas e deixei de ser tão paternalista com as pessoas. Isso me deu mais liberdade para arriscar, para interagir com os outros e, principalmente, para viver mais meus sentimentos."
(LM)

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