São Paulo, domingo, 14 de junho de 1998 |
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Frequência cresce a cada ano
PAULO SAMPAIO
Apesar de a Disney dizer que foi "um dia como outro qualquer" e a comunidade insistir na retórica de que "gay é um ser humano como outro qualquer", um passeio no parque deixava claro que aquele era um dia "muito especial". Crianças e mães eram minoria. Uma multidão de homens de vermelho (cor oficial do evento) dominava a cena. A Pequena Sereia, Peter Pan e Hércules perdiam de longe em atenção para as "noivas" musculosas, de véu e grinalda, casais de gays e lésbicas "siameses", vestidos iguaizinhos. "As crianças pediam para fazer fotos comigo", conta o administrador de empresas Michael Dalton, 35, que passeava pelo parque com as orelhinhas da Minnie. A predominância gay mudou o clima nos brinquedos. Na "Torre do Terror" (um elevador que despenca de mais de 40 metros), em vez de mostrar medo, os visitantes davam os gritos mais altos e faziam pose na hora da queda, contorcendo a boca, levantando as mãos e revirando os olhos. (PS) Texto Anterior: Festa homossexual lota Disneyworld Próximo Texto: Clima infantil dá lugar à ferveção quando o sol se põe Índice |
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