São Paulo, domingo, 14 de junho de 1998
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"Querer ficar só não é anormal"

RITA NAZARETH
DA REPORTAGEM LOCAL

Segundo as psicólogas consultadas pela Folha na semana passada, a mulher de hoje não está rejeitando o relacionamento em si, mas a forma como ele é conduzido.
"Por questionar mais, a mulher deste fim de século acabou descobrindo que pode dar rumo a sua vida", afirma a psicóloga Clarice Skalkowicz. "Não é obrigada a aceitar qualquer coisa."
"Ela não é anormal por querer ficar sozinha", diz a psicóloga Neide Collette Bruno. "Se não encontrou ninguém que a satisfaça, não deve forçar uma situação."
Neide diz ainda que muitas mulheres se enganam ao casar para não correrem o risco de ficar sozinhas. "Também há solidão a dois." De acordo com a psicóloga, não se pode confundir a "completação" (ato de preencher os buracos, independentemente de se ter ou não coisas em comum com o outro) com a "complementação" (unir-se a alguém com quem tenha afinidades).
"É preciso que ela encontre um par que a complemente", diz Clarice. "Se isso não acontecer, não há nada de mal em encontrar outra coisa que sirva como tal."
(RN)

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