São Paulo, domingo, 14 de junho de 1998
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Escritos têm adoração materna

ALCINO LEITE NETO
DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS

"Oh, rainha das rainhas, porque partistes tão cedo, deixando um grande vazio em nossos corações", diz em espanhol uma das várias mensagens no "monumento a Diana". Elas foram escritas em papéis afixados no monumento ou anotadas à mão na murada que dá para o túnel onde ela morreu.
São textos de um culto laico, que não aspiram nenhuma santificação. Dão prova de uma fascinação terrena, associada à representação da mulher amada, mãe e rainha que governa o "coração".
No Dia das Mães, alguém rabiscou em francês: "Princesa Diana, é o grande dia da festa das mamães e os nossos pensamentos se voltam para você e seus filhos".
Há muitas inscrições em árabe, outras em japonês, algumas em russo. "Baby Cristina", do Paraguai, registrou: "Con amor para Diana". Um angolano escreveu: "Diana, por teres estado em Angola, amamos-te". Pierre, de Paris, deixou uma longa carta que termina assim: "Deixem-nos chorar em paz nossa Diana".
Outras mensagens sugerem um complô. "Diana-Dodi: vítimas do racismo. Não foi acidente", afirma um dos bilhetes, aludindo ao namoro da princesa com o milionário de origem árabe Dodi al Fayed.
Um recado em fundo negro avisa: "Este monumento não é dedicado à memória da princesa, mas é um modo de distrair a atenção do verdadeiro local do chamado acidente, que ocorreu na entrada do túnel. Em respeito às vítimas, vá àquele lugar, por favor".
(ALN)

Texto Anterior: Turistas choram e levam flores
Próximo Texto: A vida da princesa
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.