São Paulo, domingo, 14 de junho de 1998
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Turistas choram e levam flores

ALCINO LEITE NETO
DO ENVIADO ESPECIAL A PARIS

A norte-americana Melinda Lynnam chora. Ela não consegue falar com o repórter. O marido segura seu braço. Finalmente ela diz: "Diana foi importante para todos nós, porque sabia tocar as pessoas com sua ternura e seu amor".
Melinda não sabia que o monumento celebra a amizade franco-americana, e não Lady Di. "Agora, este é o lugar de Diana em Paris".
Dezenas de pessoas passam pelo local a cada hora. Há poucos ingleses. Os turistas são latino-americanos, escoceses, alemães, japoneses. Muitos deles visitam a cidade indiferentes à Copa do Mundo.
"A gente nem sabia que havia um campeonato de futebol", conta a canadense Lisa Daniel, que passa sua lua-de-mel em Paris. Ela trouxe um buquê de flores para a princesa, num embrulho elegante.
Lisa pára diante do monumento, coloca as flores como se fosse num túmulo. "Foi uma grande tragédia. Ela era jovem, bonita, cheia de compaixão. Era muito amada no Canadá. Viemos dar nosso adeus."
Crianças desembarcam de um ônibus. São 25 alunos da Park School, em Belfast (Irlanda do Norte). O professor Hugo Anderson organiza a visita. "A pedido dos alunos, tiramos uma hora para visitar este lugar", diz. "Diana era um espírito livre que incomodava pessoas na Inglaterra".
O casal alemão Maria e Thilo Stroh também associa Diana com liberdade. "Se esta chama é a da liberdade, não é a toa. Diana conseguiu ser livre em Paris, que é a terra da liberdade", ele diz.
(ALN)

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