São Paulo, domingo, 14 de junho de 1998![]() |
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Supermercado é o principal concorrente
DA REPORTAGEM LOCAL Produtos como patês e queijos são diferenciais importantes que ajudam as adegas a competir com seus principais concorrentes: os supermercados. A dica é do consultor de alimentação Adri Vicente, da Food Service Company.A Giardino, em Santa Cecília (zona central de São Paulo), apostou nessa variedade de produtos. A adega, que comercializa vinhos de várias marcas, também vende os pratos congelados da cantina Jardim de Napoli, sua vizinha. A maioria dos produtos é importada, evitando concorrência direta com os supermercados. Para montar a adega, o dono, Francisco Buonerba, 28, também precisou comprar um freezer, onde coloca os produtos da cantina e outros congelados, e um balcão refrigerado, com queijos e outros frios. Para ajudar na conservação dos vinhos, a loja possui ar-condicionado. "Trabalho com marcas que vendem rápido. Guardo na adega da cantina os vinhos mais caros e que exigem mais cuidados." Verão e inverno Sérgio Xavier Garcia, 45, proprietário da Adega São Judas, no Jaguaré (zona noroeste de São Paulo), também sofre com a concorrência dos supermercados. A adega trabalha com vários tipos de bebidas. O movimento oscila de acordo com a época do ano: no verão, a procura maior é por cervejas e refrigerantes; no inverno, por vinhos e licores. Garcia comprou o ponto de outro dono, em 92. "Como era época de festas, no início vendemos muito." Nos meses seguintes, quando o movimento caiu bastante, ele pôde sentir a concorrência com os supermercados. "O poder de negociação deles é muito maior. Como compram em maior quantidade, conseguem preços mais baixos, que são repassados ao público", afirma Garcia. Para driblar a concorrência, a Adega São Judas investiu no atendimento personalizado de seus clientes e em novos produtos. "Para os mais fiéis, distribuo brindes, como garrafas de vinho e calendários. E também passei a vender carvão e gelo." Outra adega, a Maison du Vin, no Itaim (zona sudoeste de São Paulo), trabalha com vinhos mais caros e que exigem cuidados maiores. A maioria das garrafas fica deitada e o ambiente, além de refrigerado, possui pouca luz. "Estamos pensando em abrir franquias da loja, em outros pontos da cidade e no sul do país", afirma Miguel Juliano, 66, proprietário da adega. Além dos vinhos, a Maison du Vin vende taças e abridores de garrafas para os mais aficionados. Onde encontrar - Adega São Judas: (011) 268-7372; Food Service Company: (011) 220-4265; Giardino: (011) 3666-0343. Texto Anterior: Adega é negócio de R$ 20 mil Próximo Texto: Climatizadas custam desde US$ 2.000 Índice |
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