São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 1998
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Contrato de gaveta; Polêmica jurídica; Fórmula para a derrota; Fica mais barato; Ferro e fogo; Miragem tucana; Saiu na frente; Comando de fato; Mão na massa; Passou o cargo; Mais fumaça que fogo; Porta aberta; Memória seletiva

Contrato de gaveta
As obras das eclusas da hidrelétrica de Tucuruí, avaliadas em R$ 210 mi, foram retomadas pelo governo sem licitação. A ordem de serviço foi assinada com base num contrato de 1981 da Camargo Corrêa com a Portobrás, estatal extinta por Collor.

Polêmica jurídica
A entrega das obras das eclusas de Tucuruí à Camargo Corrêa surpreendeu aliados de FHC, que julgavam extinto o contrato com a Portobrás. A pasta dos Transportes diz estar resguardada por parecer da Fazenda. Padilha afirma que esse expediente barateou a obra em até 30%.

Fórmula para a derrota
Auxiliares de Lula querem que o chefe enquadre Brizola. Consideraram um tiro no pé a declaração do pedetista de que a Vale, privatizada no ano passado, seria retomada de qualquer jeito em um eventual governo de esquerda, com ou sem auditoria.

Fica mais barato
Maldade que corre em Brasília: a Globo estaria adorando os ataques de Brizola à privatização da Telebrás. Se os investidores internacionais ficarem assustados, o grupo de comunicação, interessado na estatal, poderá ter menos concorrência no leilão.

Só falta formalizar
A Executiva do PSB paulista se reuniu ontem e decidiu que defenderá na convenção de sábado aliança com Francisco Rossi (PDT). O PT ficou a ver navios.

Ferro e fogo
Se eleito presidente do PMDB na reunião do Diretório Nacional amanhã, Jader Barbalho (PA) baixará linha dura contra os peemedebistas que jogarem no palanque de Lula (PT). Alvo fixo: Roberto Requião (PR).

Miragem tucana
Em baixa nos principais Estados, o PSDB aposta no 2º turno para tentar reverter a situação de seus governadores. "Foi assim em 94", afirma Teotonio Vilela, presidente da sigla. Mas esquece que, na época, FHC foi eleito no 1º turno e funcionou como cabo eleitoral tucano.

Saiu na frente
O PFL marcou coquetel de seus presidentes e caciques regionais com FHC na sexta. Na véspera das convenções pefelista, tucana e pepebista para apoiar a reeleição do presidente. Tucanos já ficaram com ciúme.

Comando de fato
Os pefelistas estão assumindo, na prática, a coordenação da campanha de FHC. Enquanto Euclides Scalco quer "despolitizar" a venda da Telebrás, ACM e cia. voam no pescoço de Brizola e do PT. O presidente gosta dos ataques do PFL.

Divergência aliada
Um pefelista responsabiliza o jeito tucano de fazer política pela queda de FHC nas pesquisas: "O PSDB faz política voltado para a academia, falando difícil. Na hora da eleição tem que ser pragmático, tem que falar para o povo e comprar brigas".

Passou o cargo
Sergio Amaral tem elogiado os ataques duros de ACM ao PT. Detalhe: o pefelista vive desancando a política de comunicação do porta-voz presidencial.

Mais fumaça que fogo
Tucanos argumentam que as declarações de ACM têm o peso distorcido. Causam mais impacto na mídia, com a qual o pefelista saberia se relacionar de modo vantajoso, do que entre os eleitores mais pobres, que teriam imagem ruim do senador.

Porta aberta
De olho na transferência de votos de Francisco Rossi para Lula em São Paulo, uma ala do PT não quer que Marta Suplicy polarize com o pedetista. "A tática é afirmar a candidatura da Marta e não hostilizar a do Rossi", diz o deputado Genoino.

Memória seletiva
Petistas ironizam a "análise", difundida pelo Planalto, de que Lula teria chegado ao seu teto, com 30% nas pesquisas. "É chute de bico de quem está desesperado", diz o deputado João Paulo, lembrando que em 94 o petista chegou aos 42%.

TIROTEIO
De Chico Malfitani, publicitário de Francisco Rossi, sobre o professor de comunicação da USP Gaudêncio Torquato ter dito que o candidato do PDT ao governo paulista subiu nas pesquisas por adotar a "identidade do esconderijo":
- Se é professor de comunicação, ele deveria pelo menos assistir TV. Como um candidato que bate no Maluf desde março está se escondendo?

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