São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 1998
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Professores em greve de fome dizem que irão votar em Lula

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A maioria dos professores universitários que participam da greve de fome deverá votar no candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Dos 15 grevistas, 8 já definiram o voto no petista.
A ex-prefeita de Fortaleza pelo PT Maria Luiza Fontenele está sem filiação partidária, mas não descarta a possibilidade de se candidatar, nas próximas eleições, a um cargo eletivo. Ela disse que ainda não definiu em quem vai votar, mas que, com certeza, não votará em Fernando Henrique Cardoso.
Maria Luiza disse que chegou a se filiar ao PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados) para concorrer ao cargo de deputada federal, mas acabou retirando a candidatura.
Maria Luiza já foi por duas vezes deputada estadual e cumpriu um mandato de deputada federal de 91 a 94 pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro). Atualmente, ela participa da organização do Partido da Revolução dos Trabalhadores pela Emancipação Humana.
Entre os grevistas, três são filiados ao PT (Partido dos Trabalhadores) e um ao PC do B (Partido Comunista do Brasil). Além dos oito que já definiram o voto para presidente da República, outros seis estão indefinidos ou preferiram não revelar a opção.
Três afirmaram que o nome de FHC está fora de opção. O professor Cândido Medeiros, da Universidade Federal do Maranhão, vai votar no candidato do PSTU, José Maria de Almeida.
Maria Luiza foi um dos três grevistas que ontem, no início da tarde, já manifestavam alguns sinais de fraqueza por causa da greve de fome iniciada na segunda-feira.
O médico Cláudio Freitas, responsável pelo acompanhamento dos grevistas, receitou soro para evitar maior desidratação do organismo. Ela, que tem 55 anos e é hipertensa, afirma que se sentiu bem melhor após a dose de soro e que "nem sequer pensa em sair da greve." Desde a noite de segunda-feira, mais um professor aderiu à greve, formando um grupo de 15 pessoas. Todos receberam cadernos para fazerem diários.
A Andes (sindicato dos professores) informou que há possibilidade de outros dois professores da Universidade Federal de Santa Catarina aderirem à greve de fome.

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