São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 1998
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'Uso racional protege área'

DA SUCURSAL DO RIO

O arquiteto e urbanista Fernando Alencar, 42, autor de estudo para a construção de condomínios no Alto da Boa Vista (zona norte), em terreno de 600 mil m2, disse ser equivocada a visão dos que não querem a ocupação das encostas.
Representante do IAB/RJ (Instituto dos Arquitetos do Brasil) no Conselho de Política Urbana (órgão consultivo da prefeitura formado por entidades empresariais e da sociedade civil), ele defende a ocupação de algumas áreas acima da cota 100.
"É um absurdo a visão dos leigos, que acham que qualquer legislação nas encostas implicará desmatamento. A melhor proteção (ambiental) é o uso (racional)", afirmou.
Alencar acha que condomínios acima da cota 100, em terrenos no maciço da Pedra Branca (zona oeste), no Alto da Boa Vista (zona norte) e em Santa Teresa (região central), por exemplo, podem evitar ocupação desordenada do solo.
Para ele, tanto as favelas quanto os condomínios irregulares são um mal para a cidade. Alencar criticou detalhes do projeto de lei, mas disse que, em linhas gerais, ele é bom, por "revigorar as construções de condomínios".
Há seis anos, Alencar elaborou estudo para a ocupação com condomínios "de no máximo 60 edificações" de um terreno de 1 milhão de m2 no Alto da Boa Vista. O estudo, segundo ele, abrangia uma área de 600 mil m2.
Ele disse que, por questões éticas, não revelaria o nome da família dona do terreno. A área fica situada entre as cotas 300 e 400 metros acima do nível do mar.

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