São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 1998 |
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Governo prevê crescimento, apesar da Ásia PIB cresce 4% no 2º semestre DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda aposta em dois cenários otimistas na China e nos EUA para não ver alterada sua estimativa de crescimento de 4% da economia brasileira no segundo semestre.Esse desempenho é essencial para que o PIB (Produto Interno Bruto), o conjunto das riquezas do país, cresça mais de 2% em 98, conforme projeção do governo. O primeiro cenário, ligado à crise da economia japonesa, é que a China não desvalorize o yuan. O segundo, que a economia norte-americana siga a tendência de desaquecimento nos próximos meses, conforme apontam alguns indicadores analisados pela SPE. Os dois cenários foram apontados ontem pelo secretário de Política Econômica, Amaury Bier, durante a divulgação do Boletim de Acompanhamento Macroeconômico de maio. "Não vejo perspectiva de desvalorização da moeda chinesa", declarou o secretário. "Mesmo que os EUA aumentem a taxa de juros, estamos falando em algo como 0,25% ou 0,5%. Isso não traria problemas para a economia em termos de fluxos de capital", analisou. Na opinião de Bier, a crise asiática afetaria mais os fluxos de capital destinados ao Brasil que as exportações do país, que atendem um conjunto amplo de mercados. A crise será prejudicial às exportações brasileiras apenas se for agravada a tal ponto que provoque diminuição do crescimento da economia mundial. Mas o secretário não aposta nessa possibilidade. "Os países desenvolvidos (especialmente os EUA e os europeus) estão monitorando a situação na Ásia e têm condições de evitar que as coisas se degenerem", diz Bier. Com relação ao fluxo de capitais, a situação é mais delicada. Se a China desvalorizar o yuan, para acompanhar a desvalorização do iene japonês, terá que arcar com o aumento de sua taxa de risco para quem investir no país. Essa elevação se repetirá em cadeia para as economias emergentes. Texto Anterior: Devagar com o andor Próximo Texto: China volta a descartar queda da moeda Índice |
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