São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 1998
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Rivais fazem mais barulho

JOÃO BATISTA NATALI; SÉRGIO DÁVILA
DOS ENVIADOS A NANTES

Mais uma vez, a torcida brasileira, de novo em maior número no estádio, mostrou que é de reação, e não de ação. Como já acontecera na abertura da Copa, os torcedores do time rival, inferiores numericamente, fizeram mais barulho.
Um barulho no mínimo engraçado, já que os gritos em árabe não eram compreendidos pelos brasileiros. Se soubessem o que queriam dizer, veriam que seguem uma lógica particular.
O principal deles é algo como "Bola! Bola! Bola vermelha!", um hino que faz alusão às cores da bandeira do Marrocos.
O xingamento preferido pelos marroquinos presentes no estádio também é peculiar: "O árbitro não respeita os seus pais!", gritavam quando se sentiam roubados.
Quanto aos brasileiros, esperaram a tranquilidade dos 3 a 0 para começar a se manifestar -verdade que, antes disso, a cada jogada errada de Bebeto, os gritos de "Denílson!" vinham instantâneos e uníssonos.
Com a vitória garantida, a torcida começou a se soltar: os clássicos "Au, au, au, Edmundo é animal!", "Uh, tererê!" e até mesmo o corinho musical provocativo "Alá, Alá, Alá, meu bom Alá...".
Outro detalhe curioso eram as faixas espalhadas. Oportunista: "A fiel apóia Tuminha-Fran", provável chapa para a próxima eleição do Corinthians, dizia uma.
Internacional: "Le monde veut voir Edmundo (o mundo quer ver Edmundo)", pedia em francês.
(JBN e SD)

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