São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 1998
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Novo presidente da Fifa já cobra dos juízes da Copa postura mais severa

DA REPORTAGEM LOCAL

O novo presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, fez ontem duras críticas à atuação de alguns árbitros no Mundial da França.
O dirigente declarou que tem a intenção de lembrar aos juízes "quais são as suas obrigações" e que esses devem mostrar-se "muito mais severos" durante as partidas da Copa.
Blatter fez críticas logo após a partida entre Alemanha e EUA, a última da primeira rodada da primeira fase do Mundial.
"Parece que alguns árbitros estão se esquecendo de punir duras entradas por trás e da regra dos seis segundos", disse Blatter.
Antes da Copa, reunião da International Board, entidade que regulamenta o futebol, determinou que "carrinhos" por trás deveriam ser severamente punidos (o jogador que cometesse receberia cartão vermelho logo em seguida), e os goleiros não poderiam reter a bola por mais de seis segundos.
"Vi várias entradas por trás que mereciam cartão vermelho, mas alguns árbitros decidiram não mostrá-lo. Também comprovei que os goleiros têm a tendência de conservar a bola em seu poder mais tempo do que deviam, sem receber punição alguma".
O brasileiro João Havelange, que segue no comando da Fifa até o término da Copa, visitaria os árbitros ontem em Gressy, onde eles ficam concentrados, para cobrar mais rigor durante os jogos.
Enquanto isso, erros de arbitragens definem jogos na Copa.
Na estréia, o espanhol Miguel Aranda não marcou pênalti quando Dunga cortou com a mão, na área, uma cobrança de falta.
No dia seguinte, Lucian Bouchardeau, juiz do Níger, marcou pênalti para a Itália em toque involuntário de um chileno na área.
O espanhol Luis Enrique, na partida contra a Nigéria, sofreu pênalti não marcado pelo árbitro dos EUA Esfandiar Baharmast.

Texto Anterior: Após apoio a Blatter, Platini diz que assumirá a direção esportiva da Fifa
Próximo Texto: Entidade admite usar tecnologia para ajudar juízes
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.