São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 1998 |
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Ex-almirante argentino chama generais de "homossexuais" Massera defende ex-general Videla, preso em Buenos Aires AUGUSTO GAZIR
Massera representava a Marinha na junta que governou a Argentina depois do golpe militar de 1976. O ex-militar tinha divergências com Videla, que presidiu a junta e o país até 1981. O ex-general Videla está preso desde a semana passada, acusado de ser o responsável por sequestro e substituição de identidade de cinco recém-nascidos filhos de desaparecidas políticas, durante o regime militar (1976-83). "Defendo Videla até a morte porque ele lutou pelo Exército que combateu a subversão. O que você quer que eu diga quando escuto as declarações de alguns generais homossexuais que não sabem o que falam?", indagou Massera. Ele afirmou, em entrevistas a rádios argentinas anteontem à noite, que há insatisfação nas Forças Armadas por causa da prisão de Videla e que os atuais comandantes da Marinha e do Exército são "ridículos" e estão se "borrando". Ontem, Massera recuou e pediu desculpas pelas declarações. Sobre a possibilidade de ser convocado para depor ou preso por ordem da Justiça pelo mesmo motivo de Videla, Massera fez ameaças e foi irônico. "Terão de vir me buscar", disse. Também afirmou que aplaudiria os atos. Para o presidente Carlos Menem, não há inquietação nas Forças Armadas. Ele disse que o problema de Videla será resolvido pela Justiça. O juiz Roberto Marquevich decide nesta semana se o ex-general continuará preso. Texto Anterior: Ortega quer imunidade em caso de abuso; Babá britânica está livre para deixar EUA; Turquia tem acordo para eleições em 99; Taleban manda fechar escolas femininas; KKK marca ato em cidade de crime racista; Aids diminui nos EUA entre homossexuais; Próximo Texto: Prefeito de Teerã acusa tribunal de obter confissões 'sob pressão' Índice |
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