São Paulo, domingo, 21 de junho de 1998
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Dupla inaugura temporada de caça

MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE

Até ontem, passados 25 jogos, só um recorde estatístico individual havia sido derrubado na Copa-98: apesar da campanha antiviolência anunciada pela Fifa, o número de faltas sofridas.
A marca pertencia ao genial Diego Maradona, que, para conduzir a Argentina a uma vitória de 1 a 0, precisou apanhar 11 vezes diante da seleção de Camarões no sofrível Mundial de 90.
Pois bastou uma rodada na França para dois jogadores alcançarem esse infeliz recorde.
No domingo passado, Maradona entregou o "troféu" para o argentino que, curiosamente, muitos consideram seu legítimo sucessor. Ariel Ortega sofreu 12 faltas na vitória (também 1 x 0) sobre o Japão, no jogo mais violento da Copa-98 (60 faltas).
Até dá para entender o massacre. Ortega atua na área mais nevrálgica do campo (meio-ataque), gosta de carregar a bola e abusa dos dribles (com 16, é líder também nesse ranking da Copa).
No dia seguinte, porém, foi a vez de um jogador de perfil e papel tático diferentes alcançar Maradona. O centroavante Alan Shearer apanhou 11 vezes na estréia inglesa, contra a Tunísia. À diferença de Ortega, só deu dois dribles. Levou as pancadas antes de conseguir dominar a bola.
Hoje, Ortega volta ao açougue. Amanhã, é a vez de Shearer.

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