São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 1998
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Paulista pode fazer Superliga mudar

Novo sistema de disputa de sets será discutido hoje

CIDA SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Federação Paulista de vôlei pode decidir hoje o futuro de competições da modalidade no país.
Em reunião com os representantes das equipes do Campeonato Paulista masculino, os dirigentes da entidade deverão optar pela implantação, ou não, de um novo sistema de disputa de sets.
Para que os jogos não sejam muito longos, o novo modelo será jogado com os primeiro, segundo, terceiro e quarto sets disputados até o 25º ponto, em tie-break, sem vantagem. O quinto set irá até o 15º ponto, também em tie-break e sem vantagem.
As equipes do feminino já aprovaram a mudança, mas a Federação Paulista só vai adotá-la se o masculino também concordar, pois o regulamento da entidade diz que os campeonatos masculino e feminino têm de ser regidos pelas mesmas regras.
Na reunião de hoje, serão ouvidos os representantes dos times Report-Nipomed/Suzano, Banespa, Lupo-Náutico/Inepar, São Caetano, São José e Santo André, as equipes já confirmados para o Campeonato Paulista, que tem início previsto para o fim de julho ou princípio de agosto.
Se for aprovada, a novidade deverá ser seguida pela Superliga de vôlei, o principal campeonato no Brasil. Isso porque a Confederação Brasileira está estudando o novo sistema, entre outros, com o objetivo de alterar regras da Superliga, que começa em dezembro.
Antes disso, também será testada na Copa Norte, campeonato regional em Rondônia e no Mato Grosso, e na Copa São Paulo, novo torneio de vôlei feminino. Ambas acontecerão em julho.
A Superliga já teve sua última edição disputada em sistema diferente do tradicional. Disputou-se em set normal até o 24º minuto de jogo e, a partir do 25º, a partida era jogada em tie-break, em que não existe vantagem.
Não houve aprovação total do sistema, pois houve várias partidas que estouraram as duas horas de duração, tempo que se esperava não ultrapassar.
As mudanças, que São Paulo pode adotar, foram sugeridas pela Federação Internacional para que o esporte fique mais atrativo para transmissões de televisão.
A importância que a FIBV dá à televisão é tão grande, que só podem participar da Liga Mundial, por exemplo, os países que transmitirem alguns de seus jogos.
A Argentina ficou alguns anos sem disputar o campeonato, pois não tinha um canal que pudesse -ou quisesse- fazê-lo.

Colaborou Cida Santos, colunista da Folha

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