São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 1998
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Brasil pratica futebol improdutivo

DA REPORTAGEM LOCAL

Um futebol improdutivo, com a bola concentrada em jogadores sem poder de definição. Essa foi a característica do Brasil na derrota de 2 a 1 para a Noruega, ontem, de acordo com as estatísticas do Datafolha sobre a partida.
O Brasil teve 34min49 de posse de bola, contra 21min19 da Noruega. Fez 524 passes, mais que o dobro do adversário (239, ou 45% do total de passes dos brasileiros).
Apesar do domínio, os jogadores que mais participaram foram os volantes Dunga, com 113 atuações, e Leonardo, com 112, ambos defensivos, caracterizando um toque de bola improdutivo.
Os atacantes Ronaldinho e Bebeto, a quem a bola deveria chegar com mais frequência, tiveram, respectivamente, 47 e 50 atuações.
Os brasileiros foram superiores também nas jogadas individuais, com 51 dribles na partida, contra apenas 6 dos noruegueses.
Com 22 dribles, o meia-atacante Denílson bateu o recorde da Copa, que era do atacante Overmars, da Holanda, com 14 na estréia de sua equipe contra a Bélgica.
No último Campeonato Paulista, Denílson liderou essa estatística, com média de 13,5 dribles por partida. Também liderou no Brasileiro-97, com média de 11,4.
A Noruega teve melhor aproveitamento das finalizações. Chutou 10 vezes, acertou 4 e converteu 2. O Brasil errou 10 de suas 14 finalizações. Depois que o Brasil abriu o placar, aos 33min do segundo tempo, em dez minutos a Noruega finalizou 4 vezes e virou o jogo.

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